sexta-feira, 12 de abril de 2013

PODEMOS COMBATER A VIOLÊNCIA OU SOMENTE ESPERAR QUE “OS OUTROS” (NÃO) FAÇAM?




Dizem que a gente só sabe o que é a dor quando passa por ela.
Discordo. Algumas pessoas realmente não necessitam disso.
Eu, desde ontem, carrego a dor da mãe que teve o filho morto, diante das câmeras de segurança, quando chegava ao portão da sua residência, em São Paulo e entregava ao bandido, o seu celular .  Não posso, é verdade, sentir a dor na intensidade que ela sentiu, mas sou capaz de colocar-me em seu lugar naquele instante em que viu o filho inerte no chão, como ela mesma narrou para os repórteres da tv, e sentir em meu peito a agonia, a aflição e a tristeza que uma mãe sente numa experiência desse nível.
Para completar, hoje, chegando ao meu local de trabalho, a Secretaria de Educação do Estado do RN, deparei-me com o assunto do assalto que ocorreu ontem à noite. Segundo as informações que ouvi, algumas funcionárias foram rendidas e passaram cerca de duas horas sob pressão psicológica exercida pelos bandidos, antes que esses arrobassem caixa eletrônico instalado no prédio.
A banalidade com que se tira a vida humana e a segurança que os nossos representantes políticos são incapazes de nos oferecer leva-nos a um sentimento de impotência e revolta.
O que podemos esperar de uns políticos que depois de eleitos nos envergonha com tantos escândalos de corrupção? Com tanta exposição declarada de egoísmo? Com as revelações constantes das farsas que estavam por trás dos discursos políticos que iludiram aqueles  que os escolheram como seus representares?
Tem que haver alguma coisa que possamos fazer além de ficar como meros expectadores da violência.
Não podemos esperar chegar o dia em que nós mesmos ou nossos filhos, famílias e amigos tornem-se também noticiário de tv.
Devemos buscar a união entre as pessoas, levar para a discussão possibilidades de ações para buscar ajuda e parcerias a fim de tratar esse câncer que já está mais do que escancarado em nosso país.
Não tenho tempo sobrando, mas, tenho consciência de que se não agirmos o nosso tempo será verdadeiramente mais curto.
Estou à disposição para unir-me nessa luta com quem desejar.  Não sei bem o que fazer, mas a gente pensa junto.
sei que não podemos mais esperar...



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