Essa eu preciso contar. Senão, eu fico engasgada.
Hoje, depois de um almoço entre família e amigos, ficamos num
bate-papo embaixo das árvores do terreno em frente a minha casa. De repente vemos
passando um cavalo, em passos não muito apressados, com uma corda amarrada ao pescoço.
Chamou-nos a atenção, principalmente o estado de magreza do animal.
Logo atrás dele vinha um senhor que parecia ser seu dono e estava
ao seu encalço para leva-lo de volta. Alguém comentou: - Qual será mesmo o
animal, dos dois? Referindo-se a maldade de deixar o cavalo magro daquele
jeito.
Dentro de pouco tempo vimos o animal retornando. Dessa vez, puxado
pelo tal que julgamos ser seu proprietário.
Comentei com o homem: - Conseguiu enfim pegar o fujão, né? Ao que
ele me respondeu: - Por causa disso ele vai me pagar, vai passar dois dias sem
comer.
Certamente tentei convencê-lo de que isso não estava certo, mas,
duvido mesmo que ele tenha me dado ouvido.
Assistindo o caminhar do animal, de cabeça baixa, totalmente
indefeso, à mercê do seu dono, veio definitivamente à resposta daquela
pergunta:
- O homem era o verdadeiro animal. – No sentido óbvio da sua total
irracionalidade.
Um comentário:
Ainda não temos a noção da importância dos animais, não odeiam, não matam por matar, amam e retribuem o afeto recebido, ao contrário do ser humano que se diz civilizado, mas que ainda não aprendeu a viver como irmão de seu semelhante.
Abs
Ghost e Bindi
Postar um comentário