Ontem a noite, enquanto jantava na companhia da tv, assisti à noticia de que estavam em Natal, na CIENTEC (Feira de Ciências e Tecnologia, que ocorre anualmente no campus Universitario da UFRN), os escritores Frei Beto e Fabricio Carpinejar para conversarem com o publico.
Não pensei duas vezes, ou melhor, pensei duas vezes e decidi-me da segunda que iria me arrumar rapidamente e pegar um ónibus para ir até o local. Andar de ônibus, para mim, quase sempre é uma aventura que me rende histórias. Depois eu contarei a de ontem.
Enquanto me arrumava (as coisas sempre me acontecem “enquanto”, já reparou?), pois bem, enquanto eu me arrumava para ir às palestras, o que foi uma sábia decisão, diga-se de passagem, mas isso também é uma outra história que depois eu conto, ouvi a noticia da morte de Muamar Kadafi.
Corri de imediato para a frente da tv e pude ainda assistir as cenas que apresentavam o ex-ditador todo ensanguentado e às manifestações na Líbia; nos EUA e outras partes do mundo comemorando a morte do mesmo.
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Estranhamente, ou não, a minha reação, nesse caso, assim como no de Osama Bin Laden, no enforcamento de Sadan Hussem e em outros casos, onde a morte parece ser a condenação mais justa para pessoas que não conseguiram viver “humanamente”, na acepção ética da palavra, é sempre de tristeza.
Não consigo compartilhar das comemorações, embora saiba que para mim isso não é tão difícil pelo fato de, felizmente, não fazer parte dos grupos de pessoas que sofreram diretamente pela ação desses déspotas.
Mas, a minha reação de tristeza se justifica mesmo no fato de reconhecer ali, naquele instante, assim como no instante em que morre um bandido qualquer, ou um ser que há muito dá trabalho a sociedade e que muitos reconhecem em suas mortes um alivio, eu, consigo, mesmo assim, enxergar um ser humano que, infelizmente, fracassou.
Infelizmente, a cada dia surgem novos seres humanos que tendem ou que buscam o caminho para tornarem-se fracassado. E, o caminho mais eficiente para que isso ocorra é “o poder”. Dificilmente, um ser “humano”, continua a sê-lo depois de condecorado com qualquer que seja a condição para sentir-se mais poderoso do que os demais.
Para alguns, a violência e a repressão torna-se a expressão maior do seu poder. Daí que, as vitimas destes, só cabem a manifestação de alegria ao se verem livres, definitivamente, dos mesmos. Isso não deixa de ser lamentável.
2 comentários:
Oiiii Ivana!
Saudades!
Andei sumida, mas voltei!rss
É, a vida também acaba para eles e como numa catarse do mal que vive escondidinho em nós, comemoramos.
Por mais negro que seja o pensamento de punir o mal com o mal é o lado instintivo que vence nestas horas, na maioria das vezes também fico à parte, mas algumas vezes me deixo levar pelo instinto.
Infelizmente uns se vão, mas surgem outros.
Beijos e um ótimo fds!
E amiga infelismente tem pessoas que não se pode chamar de humanos. O fim desas pes soas é triste e o pior é que eles proprios cultivam esse mal. É lamentavel saber que no mundo em que vivemos ha coisas dessa naturesa ,mas Deus tem poder de transformar qulquer um que queira. Parabens pela sabia postagem ..
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