segunda-feira, 23 de novembro de 2009

FÉ x RAZÃO NA BALANÇA DA RELIGIÃO


Tenho pesquisado bastante e feito um esforço tremendo para compreender o que se passa na cabeça de um povo como o de Israel para fazer tantas barbáries, das quais nos damos conta, sobre os Palestinos.

Esse é um terreno delicado para pisar. Pois, embora cientes de toda uma questão econômica que envolve o cenário, é o terreno da fé que pisamos.

O maior desafio humano talvez seja esse, o de equilibrar a razão e a fé. Esta é uma balança de pesos tendenciosos cujas conseqüências são desastrosas.

Vemos perigo em alguém “não temente a Deus”, que não vê razão para “amar ao próximo” nem para preservar as leis de normas e condutas tão bem estabelecidas nos “dez mandamentos”. Aquelas a quem apenas o pragmatismo é o norte da sua vida. Todavia, perigo igual há naquele cujo Deus ao qual segue e toma para si como pai, é um Deus orgulhoso e discriminador. Que faz diferença entre seus filhos, que ama mais os justos do que aos pecadores.

A religião pode tornar-se na vida dos insensatos uma faca de dois gumes. Se por um lado conforta, alimenta a fé e a esperança, por outro, classifica e segrega. Estes insensatos se esforçam para mostrarem-se “diferentes”, para tornarem-se identificados no seu modo de vestir e de falar. Encontram dificuldades em enxergar Deus em um linguajar de gírias, em roupas coloridas, em risadas espontâneas, em danças e outras características que se distancie daquela que acredita ser a única e verdadeiramente aceita por Deus.

É preciso que entendamos que religião é apenas uma busca particular de comunhão com um ser maior e espiritual, que algumas pessoas decidiram dar-lhe Deus como um nome próprio. Não há, portanto, a religião certa ou a errada. Quem determina seu valor são os atos, as atitudes das pessoas que se agregam a elas.

Encontramos Deus na Igreja, não porque ele esteja lá, mas, porque vem (carregado) dentro daquelas pessoas que se unem ali numa só fé.

Assim, como dizer qual a Igreja verdadeira?

Acaso um bom filho é aquele que me acarinha, que me declara todos os dias o seu amor, mas não consegue seguir os meus conselhos? Aquele outro filho, rebelde, que nem mais se lembra de mim, mas de quem sei noticias de que se tornou uma pessoa íntegra, honesta e caridosa, tal qual lhe eduquei, acaso deixou de ser meu filho amado e de despertar-me orgulho por sua conduta, só porque me desconhece? Apenas sinto a sua falta, assim como lamento que meu outro filho, também muito amado, não consiga praticar os meus ensinamentos tanto quanto demonstra o seu amor por mim.

3 comentários:

M.Pix disse...

Acho que não só Israel peca na falta de razão,a Palestina também com seu extremismo.A maioria dos paises do Oriente Médio vem de uma cultura extremamente conservadora,fechados, o que faz com que desde cedo se ensinem somente a religião na sua forma mais crua,sem que eles nem possam discutir sobre,alimentadas por ódio à nação invasora.Uma verdadeira lavagem cerebral.

Obrigada pela visita,faz tempo que não atualizo lá..

:*

elora disse...

Gostei muito, seu texto é muito interessante, adoro tudo que você faz, sou muito sua fã!

Zilda disse...

Concordo com vc sobre o extremismo de pessoas que acham ter todo poder dentro delas. O fato do conservadorismo existir faz com que pensamos até que ponto podemos deixar certas atitudes serem consideradas boas ou desinteressadas?
Enfim,penso que devemos nos nortear pela verdade,sinceridade, respeito principalmente. Independente de raça,cor,religião...

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