quarta-feira, 25 de novembro de 2009

SABEDORIA, ANTÍDOTO CONTRA O MAL


Durante muito tempo tive a convicção de que a raiz de todo o mal era o egoísmo. Hoje, embora continue acreditando que este seja o maior causador de toda e qualquer tipo de barbárie que se possa fazer, tenho a plena convicção de que a verdadeira e única raiz de todo o mal é a ignorância. Dela procedem todos os sofrimentos pelo qual passamos. Até o próprio egoísmo procede dela também.

As últimas palavras atribuídas a Jesus, inegavelmente a figura de maior referência de pregação sobre o amor ao próximo, foram: “Pai, perdoa, eles não sabem o que fazem”.

O antídoto contra a ignorância é a sabedoria.

A fórmula para encontrá-la é buscá-la com convicção.

Ela nos é oferecida todos os dias, onde quer que estejamos.

Basta observar as suas pegadas, elas seguem pelo caminho da paciência.

O estudo; a dignidade; o respeito aos outros; a valorização das experiências dos mais velhos; a honradez com o pai, com a mãe e com a família; a retidão; a honestidade; a prudência; a caridade; a sensibilidade com o sofrimento e a carência do próximo; as atitudes contra as injustiças...

Essas são características de quem está indo na direção certa.

Siga!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

FÉ x RAZÃO NA BALANÇA DA RELIGIÃO


Tenho pesquisado bastante e feito um esforço tremendo para compreender o que se passa na cabeça de um povo como o de Israel para fazer tantas barbáries, das quais nos damos conta, sobre os Palestinos.

Esse é um terreno delicado para pisar. Pois, embora cientes de toda uma questão econômica que envolve o cenário, é o terreno da fé que pisamos.

O maior desafio humano talvez seja esse, o de equilibrar a razão e a fé. Esta é uma balança de pesos tendenciosos cujas conseqüências são desastrosas.

Vemos perigo em alguém “não temente a Deus”, que não vê razão para “amar ao próximo” nem para preservar as leis de normas e condutas tão bem estabelecidas nos “dez mandamentos”. Aquelas a quem apenas o pragmatismo é o norte da sua vida. Todavia, perigo igual há naquele cujo Deus ao qual segue e toma para si como pai, é um Deus orgulhoso e discriminador. Que faz diferença entre seus filhos, que ama mais os justos do que aos pecadores.

A religião pode tornar-se na vida dos insensatos uma faca de dois gumes. Se por um lado conforta, alimenta a fé e a esperança, por outro, classifica e segrega. Estes insensatos se esforçam para mostrarem-se “diferentes”, para tornarem-se identificados no seu modo de vestir e de falar. Encontram dificuldades em enxergar Deus em um linguajar de gírias, em roupas coloridas, em risadas espontâneas, em danças e outras características que se distancie daquela que acredita ser a única e verdadeiramente aceita por Deus.

É preciso que entendamos que religião é apenas uma busca particular de comunhão com um ser maior e espiritual, que algumas pessoas decidiram dar-lhe Deus como um nome próprio. Não há, portanto, a religião certa ou a errada. Quem determina seu valor são os atos, as atitudes das pessoas que se agregam a elas.

Encontramos Deus na Igreja, não porque ele esteja lá, mas, porque vem (carregado) dentro daquelas pessoas que se unem ali numa só fé.

Assim, como dizer qual a Igreja verdadeira?

Acaso um bom filho é aquele que me acarinha, que me declara todos os dias o seu amor, mas não consegue seguir os meus conselhos? Aquele outro filho, rebelde, que nem mais se lembra de mim, mas de quem sei noticias de que se tornou uma pessoa íntegra, honesta e caridosa, tal qual lhe eduquei, acaso deixou de ser meu filho amado e de despertar-me orgulho por sua conduta, só porque me desconhece? Apenas sinto a sua falta, assim como lamento que meu outro filho, também muito amado, não consiga praticar os meus ensinamentos tanto quanto demonstra o seu amor por mim.

sábado, 21 de novembro de 2009

Existe um criador?


É possível, ao amanhecer, sem ter visto a chuva, comprovar por indícios que à noite choveu. Podem ser as gotículas que ainda respingam nas árvores, as poças d’águas nas ruas, a roupa encharcada no varal, o cheiro de molhado que ainda perfuma o ar ou tantos outros que delatam ter havido chuva naquele lugar. Tudo, quando bem observado, nos dará a certeza para afirmar, mesmo sem haver presenciado, que choveu enquanto dormiamos.

Todavia, as maravilhas da natureza não são o suficiente para nos provar a existência e a sabedoria de um criador.
Mesmo que com meticulosidade observássemos o desenvolvimento de um embrião, a transformação de um ser, ...do homem, máquina perfeita. Nada ainda é o bastante para comprovar.

Se deitarmos ao fim do dia e com precisão agendarmos todos os compromissos para o amanhã, quando a natureza cumprir o seu trazendo o sol e garantindo esse novo dia, mecanicamente o receberemos e nada nos fará refletir sobre as razões e o merecimento de assim ser.

O mesmo esforço que a mente faz para argumentar que tudo o que aí está é uma obra do acaso, de erros, acertos e ajustes do que se designou chamar de natureza, faria em refletir na possibilidade de não ser obra do acaso, mas de um propósito.
Por que o acaso se empenharia em evoluir para a beleza das coisa se as combinações entre as substâncias e as matérias permitiriam a vida?

Por que as flores, mesmos as minúsculas são caprichadas com tão belos detalhes? Algumas exibem filetos coloridos e raios multicores de um traçado tão preciso, repetido fielmente em todas das mesmas espécies. Se o objetivo das cores é atrair os insetos, não bastariam pequenas manchas? De onde vem o esforço na perfeição dos detalhes?

A mesma observação nós fazemos nas aves. Para que tanto detalhes, em cores, em plumas, em vôos, em sons? Para que tanta harmonia e melodia na comunicação de vários pássaros, a qual acostumamos chamar de “canto”?

Para que existe o cantar? Para que a música? Por que sentimos e dizemos: “A beleza alimenta a alma.”? Para que a alma se alimentar?

Por que a natureza exibe tantas obras-primas, que tantos artistas e até os cientistas tentam imitar?

Todos os que procuram para essas perguntas as respostas, esbarram em mistérios que a razão por si só não é capaz de desvendar e todos os que vivem apenas dela desistem então de tentar.


(Ivana Lucena)



“As ilhas da ciência e filosofia são em
toda parte lavadas pelos mares místicos.
O intelecto reduz a esperança e somente
os afortunados podem suportar isso
prazerosamente”.
(Will Durant)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O QUE INTERESSA AOS JOVENS?


Política, guerras, são assuntos muito complicados. Não é coisa de interesse dos jovens. Fica para os adultos, e poucos deles, diga-se de passagem. Quem se interessa em ver coisas sobre “os conflitos no Oriente Médio”? Ninguém entende nada direito mesmo.

Não adianta criticar os jovens por pensarem assim. São jovens, só buscam o que lhes interessa, isso é natural. Cabe a nós adultos tornar os assuntos importantes interesses para os jovens.

Sobre os “Conflitos no oriente Médio” o que podem lhes interessar é saber:

ü A Palestina era dona do seu território. – Como o Brasil é.

ü A maioria dos palestinos, agora, é obrigada a desocupar as suas casas, seus apartamentos, suas terras para os Israelenses se apropriarem. - Pensemos: Isso nunca poderia acontecer conosco?

ü Os conflitos no Oriente Médio, antes de serem por uma causa religiosa ou nacionalista, são movidos por interesses econômicos das potências estrangeiras que ambicionam o controle das suas fontes de petróleo. – O Brasil descobriu o pré-sal, tem bastante água para fontes de hidroelétricas e terras para produzir biodiesel. Já está sendo visto pelos estrangeiros como a “futura potência energética do mundo”.

ü A palestina não foi dominada do dia pra noite. Antes foi enfraquecida estrategicamente através de discórdias disseminadas entre seu próprio povo. – O Brasil é uma nação de misturas de raça, nem por isso deixamos de ser preconceituoso e vivemos atualmente uma guerra civil, não declarada oficialmente, com os comandos do narcotráfico.

ü Os Palestinos foram gradativamente sendo espremidos, hoje estão encurralados entre muros de até 9 metros de altura e outras barreiras. Os brasileiros nem percebem, na maioria, a manipulação que sofrem na mídia e, principalmente, dos políticos.

E aí? Vai continuar pensando que aquele mapa do Brasil, belo e imponente é estável para sempre? Que podemos viver somente “cada um na sua”? Vai continuar se preocupando só com roupas, novelas, shopings...?


Saiba que, enquanto isso:

ü Acordos políticos estão sendo feitos.

ü Privilégios e empresas são vendidos todos os dias aos estrangeiros.

ü Os nossos jovens não são educados para pensar.

ü Mal conhecemos nossa história, nossas bandeiras e nossos hinos.

ü Não sabemos eleger nossos representantes políticos.

ü Não sabemos cobrar os nossos direitos.

Presa fácil é o que somos. Só o “conhecimento” pode nos fortalecer. Interesse-se. Leia, assista os noticiários. Construa uma opinião própria. Seja flexível e sábio para reconhecer as verdades que muitas vezes se escondem por trás das mentiras que nos são ditas. Só dessa forma garantirá a defesa do patrimônio que é seu e nosso.

(Ivana Maria)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

POESIA - Ser Educador


Façamos valer a pena
tanta luta
tanto suor
tantas buscas
tanto se dar
não sejamos só palavras
que o vento pode levar
sejamos sonhos e pensamentos
mas também o próprio exemplo
do crêr e realizar

E quando os olhos se abrirem
para ver as injustiças
os conflitos e a dor
também enxerguem o amor
o luar, o sol, as estrelas
o lado bom das pessoas
a terra, o pão e a flor

"Que a alma não seja pequena"
Que educar valha a pena
para se fazer um mundo melhor
(Ivana Lucena)

POESIA - O outro lado


Eu sem você
Sou a metade de mim
Sou um inteiro em pedaços
Sou um eterno no fim

Eu sem você
Sou certeza de solidão
Sou nunca mais teus abraços
Sou uma vida só de razão

Eu sem você
Sou o voltar do caminho
Sou eu desatando os laços
Sou eu seguindo sozinho

Eu sem você
Sou o caminhar pro futuro
Sou decisão dos meus passos
Sou o outro lado do muro

(Ivana)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

OS EMOS





Revendo algumas poesias que escrevi fiz uma reflexão, nelas só há temas infantis ou de adulto sentimental. Nada sobre jovens.Não me atrevo a escrever poesia para jovens, não saberia rimar amor com shopping Center. Talvez só jovem mesmo consiga.
Há algumas décadas e séculos atrás era bastante comum os jovens expressarem seus sentimentos através de poesias. Hoje, quem se atreve a fazê-lo é taxado de “EMO”. O termo “EMO” vem da palavra emotivo. Os “emos” se constituem uma tribo de jovens que misturam no seu visual as cores preta e rosa e usam os cabelos bem estirados, geralmente cobrindo o rosto.
Observa-se entre os jovens de outras tribos uma discriminação muito grande com os “emos”. Fato que por si só já deve ser combatido, pois, discriminação, termo ao qual o dicionário atribui o significado de discernimento; separação; distinção, no uso social é lhe conferido um poder que evoca a superioridade e a inferioridade entre as pessoas. Ou seja, discriminar torna-se a disseminação de uma semente do mal em toda a humanidade. Seus frutos são sofrimentos e até guerras.
Cabe aos pais estarem atentos. Não somente ao que seus filhos expressam, mas ao que há nas entrelinhas das conversas no “MSN” ou nas comunidades das quais participam no “Orkut” e ainda, nos “sites” que visitam, nos “fóruns” e tantos outros caminhos virtuais pelos quais eles as vezes se perdem e nós nos sentimos impotentes para alcançá-los. A sabedoria paterna e materna não está apenas em atualizar-se nas tecnologias ou em “fuçar” tudo o que os filhos andam fazendo. Mas, antes de tudo, está na firmeza dos elos familiares; nas portas de diálogos sempre abertas; nos espaços para gargalharem juntos; na cumplicidade com os seus conflitos emocionais; no apoio com as dificuldades escolares e nas discussões abertas sobre ética e moral. Certa vez um senhor bem humilde me disse sabiamente: “Na escola se aprende cultura, educação se aprende em casa”.
A preocupação com os “emos” não deve limitar na discriminação que estes sofrem. Mas, principalmente nos conflitos internos pelos quais passam. Sem maturidade para compreender os seus sentimentos, a maioria se envolve em relações homossexuais que, se bem orientadas por um adulto confiável, não passaria de uma fase sem muitas seqüelas.
O problema é que assistimos a esses jovens “emos” entregues a própria sorte, buscando nos amigos o apoio, o carinho e a compreensão que muitas vezes lhes faltam em casa. São jovens sensíveis que somente adultos sensíveis e responsáveis serão capazes de ajudar. Tanto aos discriminados quanto aos que, por incapacidade de discernimento próprio, praticam o crime da discriminação.
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