sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

´E POSSIVEL SE DIVERTIR SEM BEBER?


Que o alcoolismo ´e uma doença, todo mundo sabe.

Uma doença adquirida. Auto-induzida.

Qualquer um que tenha predisposição orgânica ou que se exponha excessivamente a bebida ira desenvolver o alcoolismo.

Que o álcool ´e uma droga, todo mundo sabe.

Uma droga licita e socialmente incentivada. Vejam as propagandas na tv e ouçam as musicas de forro dessas bandas atuais.

O álcool vicia, destrói os neurônios, destrói todo o organismo e mata.

Para muitos e impossível se divertir sem beber.

“Beba com moderação”, esse ´e o lema. Nem sempre ´e possível ao jovem esse autocontrole. O normal para o jovem e ser ousado, empolgado, curioso, se assim não fosse, seria um adulto não realizado. Porem, Se ele não tiver limites e valores éticos construídos dificilmente reconhecera as conseqüências das suas atitudes.

Toda essa pratica que se tornou socialmente natural e tão antiga na sociedade humana, de associação de diversão com o álcool, funciona também como um instrumento seletivo. “Quem for fraco que se tore”, diz o ditado e ´e assim mesmo que funciona.

Você ´e bem vindo ate o dia em que apresentar problemas com o álcool, desse dia em diante será excluído, banido do grupo para amargar sozinho as conseqüências do seu infortúnio. Restara somente a família, esta que com o tempo você também fará adoecer de tristeza e revolta.

Para o alcoolatra, depois da festa, da euforia, resta a agressividade, a depressão, o isolamento e a sarjeta.

Quando não se torna um mal por si, o álcool funciona como uma porta de acesso a outras drogas mais pesadas e ai sim, a destruição se tornara mais rápida.

´E verdade que nem todo mundo que bebe tem esse destino. Funciona como uma roleta russa. Podemos apostar e passar a vida toda de “beber, cair e levantar”, sem nos afetar.

Para aqueles que não gostam de apostar a sua própria vida haverá sempre a possibilidade de descobrir alternativas de prazer e diversão sem bebidas.

Felizmente muitos jovens já descobriram isso. Curtem som, esportes radicais, famílias, tem estilos próprios de se vestir e se comunicar, com responsabilidade e saúde. São tão felizes quanto os outros sem se arriscarem a perder tudo o que conquistaram.

(Ivana Lucena)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

E O ESPÍRITO DE NATAL?


É muito difícil compreender verdadeiramente a dor alheia.

É possível sentir dó, compaixão, lamentarmos, comentarmos com os outros...

Mas tudo não passará de um desconforto nosso até que se torne uma atitude.

Podemos fingir que não vemos os meninos nas ruas, nos sinais, dormindo nas calçadas... mas, nas noites de chuvas, quando o nosso telhado e cobertor nos amparam e nos confortam, eles ainda estão lá, sobre os papelões, encostados nas paredes dos imóveis fechados, entregues a própria sorte ou azar.

Podemos fingir que não vemos as cadeias superlotadas de seres que, na maioria, muito já perderam da condição de humanos e nelas tornam-se animais piores, mas, vivemos constantemente reféns do medo de encontrá-los na nossa frente, caso consigam sair vivos desses lugares.

Podemos não refletir sobre os abrigos para idosos que, em grande parte, refletem a solidão e o abandono, mas, torcemos que quando chegar a nossa vez alguém nos livre de lá.

Podemos não pensar nos orfanatos, nos hospitais, nas favelas, sem comida, sem educação, sem dignidade, mas, não podemos evitar que isto esteja acontecendo enquanto lamentamos não poder comprar uma roupa nova, um celular mais moderno, um note book ou ir para aquela viajem de férias.

É bem possível que consigamos passar toda a nossa vida alheios a tudo isso, preocupados apenas com a nossa família, com a gente mesmo, com a nossa formação profissional, a nossa ascensão social e financeira. Não faria nenhuma diferença para nós.

Mas certamente faz diferença para essas pessoas quando alguém se mobiliza para ajudá-las, quando lutam pelos seus direitos, quando dividem com elas o seu pão, quando buscam aliviar as suas dores, quando as socorrem, quando se dedicam a auxiliarem a conquistar a dignidade de uma moradia, de um emprego, quando oferecem-lhes um pouco do seu tempo para ouvir as suas lamentações, os seus sonhos, para mostrar-lhes uma luz, uma saída, quando lhes dão as instruções para tornarem-se seres humanos mais evoluídos e mais conscientes.

Nós precisamos pensar:

O que podemos fazer hoje?

Como podemos incluir ajudar aos outros no nosso projeto de vida?

Só depois disso devemos pensar em UM FELIZ NATAL e UM PRÓSPERO ANO NOVO.

sábado, 5 de dezembro de 2009

HOMOSSEXUALISMO


Homossexualismo, atração ou afinidade pelo mesmo sexo.

O que falar sobre isso? Antes de tudo, que o preconceito é a porta que se abre para a ignorância e se fecha para a sabedoria.

Ser homossexual nem sempre é uma opção pessoal.

Embora toda a evolução, ainda não há na ciência nenhum conhecimento que leve ao diagnóstico e controle sobre a homossexualidade.

O que se percebe é que há uma variedade de casos e de motivos que levam uma pessoa a tornar-se homossexual.

Há os casos de ordem genética ou orgânica, de onde resultam homens que dispõe de uma grande carga de hormônio feminino e que desenvolvem características e comportamentos efemininados. Nas mulheres, nem sempre a evidência de hormônio masculino está diretamente associada ao homossexualismo.

Os casos de ordem psicológica e emocional ocorrem geralmente quando há no histórico pessoal da vida da criança ou do jovem uma causa que leva a um conflito sobre os seus sentimentos e uma confusão sobre o direcionamento sexual.

É por exemplo os casos onde a figura da mãe representa a bondade, o carinho, a justiça, enquanto que o pai, representa a violência, a grosseria ou mesmo a ausência. È natural a criança, dotada de uma grande sensibilidade, optar por assemelhar-se por aquele que ela julga o melhor. Independente do seu sexo, a criança inconscientemente fará a sua escolha. O menino poderá optar por seguir o exemplo feminino da mãe, ou , também pode ocorrer da menina não se permitir ser igual a esta para não vir a sofrer e, assumir então para si uma postura masculina.

Alguém que passou por isso merece ser discriminado? Não lhe basta o conflito interno pelo qual vive?

Carece antes, é se aceito e valorizado como ele, ou ela é. O que precisa é de orientação para aprender a se respeitar. O que não se admite é vulgarização, nem de homossexual, nem de heterossexual.

Outros casos são dos intitulados bissexuais. Aqui, trata-se realmente de uma opção sexual. O que temos são pessoas que, na maioria das vezes tornam-se viciadas por experiências sexuais fortes e diversificadas. O bissexualismo é talvez o único caso em que podemos atribuir ao indivíduo a responsabilidade pela decisão da sua sexualidade.

Embora, também nos casos de muitos bissexuais, hajam muitos históricos de vida social e familiar que precisam ser avaliados para se compreender o que conduz um indivíduo a este tipo de vida. Mas, para ele há sempre a possibilidade de opção.

Muitos jovens que se tornam homossexuais poderiam não sê-los se tivessem mais atenção e mais orientação familiar.

Não se trata, portanto, de admitir ou de condenar o homossexualismo. É o caráter das pessoas que deve ser avaliado. Pode haver homossexuais de excelente caráter, assim como heterossexuais que não valem nada como seres humanos.

(Ivana Lucena)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

LEMBRANÇAS

Para Sempre
boca
tua e minha
úmido beijo
teu cheiro
desejo
teu e meu
travesseiro
imagens do acordar
na lentidão da madrugada
vontade sonolenta
de amar
e amar
Lembranças que não posso perder
Saudades que não quero mais ter
(Ivana Lucena)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

ENVELHECER - Uma estratégia da natureza




FELIZ AQUELE

A QUEM O TEMPO

NA PELE ESCULPE SEUS SULCOS

MARCAS DE TANTAS HISTÓRIAS

REGISTROS DE UMA VIDA


A QUALQUER ERRO OUTRORA COMETIDO

A VELHICE TRAZ-LHE A REMISSÃO

CICATRIZA-LHE AS FERIDAS

O OLHAR QUE A ELE SE VOLTA

ENTREGA-LHE HOJE O PERDÃO


A FACE QUE ANTES

DESPERTAVA CONDENAÇÃO

EXIBE A TOTAL FRAGILIDADE HUMANA

REVELA UMA ALMA PURA

DESPERTA HOJE A TERNURA

(Ivana Lucena)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

SABEDORIA, ANTÍDOTO CONTRA O MAL


Durante muito tempo tive a convicção de que a raiz de todo o mal era o egoísmo. Hoje, embora continue acreditando que este seja o maior causador de toda e qualquer tipo de barbárie que se possa fazer, tenho a plena convicção de que a verdadeira e única raiz de todo o mal é a ignorância. Dela procedem todos os sofrimentos pelo qual passamos. Até o próprio egoísmo procede dela também.

As últimas palavras atribuídas a Jesus, inegavelmente a figura de maior referência de pregação sobre o amor ao próximo, foram: “Pai, perdoa, eles não sabem o que fazem”.

O antídoto contra a ignorância é a sabedoria.

A fórmula para encontrá-la é buscá-la com convicção.

Ela nos é oferecida todos os dias, onde quer que estejamos.

Basta observar as suas pegadas, elas seguem pelo caminho da paciência.

O estudo; a dignidade; o respeito aos outros; a valorização das experiências dos mais velhos; a honradez com o pai, com a mãe e com a família; a retidão; a honestidade; a prudência; a caridade; a sensibilidade com o sofrimento e a carência do próximo; as atitudes contra as injustiças...

Essas são características de quem está indo na direção certa.

Siga!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

FÉ x RAZÃO NA BALANÇA DA RELIGIÃO


Tenho pesquisado bastante e feito um esforço tremendo para compreender o que se passa na cabeça de um povo como o de Israel para fazer tantas barbáries, das quais nos damos conta, sobre os Palestinos.

Esse é um terreno delicado para pisar. Pois, embora cientes de toda uma questão econômica que envolve o cenário, é o terreno da fé que pisamos.

O maior desafio humano talvez seja esse, o de equilibrar a razão e a fé. Esta é uma balança de pesos tendenciosos cujas conseqüências são desastrosas.

Vemos perigo em alguém “não temente a Deus”, que não vê razão para “amar ao próximo” nem para preservar as leis de normas e condutas tão bem estabelecidas nos “dez mandamentos”. Aquelas a quem apenas o pragmatismo é o norte da sua vida. Todavia, perigo igual há naquele cujo Deus ao qual segue e toma para si como pai, é um Deus orgulhoso e discriminador. Que faz diferença entre seus filhos, que ama mais os justos do que aos pecadores.

A religião pode tornar-se na vida dos insensatos uma faca de dois gumes. Se por um lado conforta, alimenta a fé e a esperança, por outro, classifica e segrega. Estes insensatos se esforçam para mostrarem-se “diferentes”, para tornarem-se identificados no seu modo de vestir e de falar. Encontram dificuldades em enxergar Deus em um linguajar de gírias, em roupas coloridas, em risadas espontâneas, em danças e outras características que se distancie daquela que acredita ser a única e verdadeiramente aceita por Deus.

É preciso que entendamos que religião é apenas uma busca particular de comunhão com um ser maior e espiritual, que algumas pessoas decidiram dar-lhe Deus como um nome próprio. Não há, portanto, a religião certa ou a errada. Quem determina seu valor são os atos, as atitudes das pessoas que se agregam a elas.

Encontramos Deus na Igreja, não porque ele esteja lá, mas, porque vem (carregado) dentro daquelas pessoas que se unem ali numa só fé.

Assim, como dizer qual a Igreja verdadeira?

Acaso um bom filho é aquele que me acarinha, que me declara todos os dias o seu amor, mas não consegue seguir os meus conselhos? Aquele outro filho, rebelde, que nem mais se lembra de mim, mas de quem sei noticias de que se tornou uma pessoa íntegra, honesta e caridosa, tal qual lhe eduquei, acaso deixou de ser meu filho amado e de despertar-me orgulho por sua conduta, só porque me desconhece? Apenas sinto a sua falta, assim como lamento que meu outro filho, também muito amado, não consiga praticar os meus ensinamentos tanto quanto demonstra o seu amor por mim.

sábado, 21 de novembro de 2009

Existe um criador?


É possível, ao amanhecer, sem ter visto a chuva, comprovar por indícios que à noite choveu. Podem ser as gotículas que ainda respingam nas árvores, as poças d’águas nas ruas, a roupa encharcada no varal, o cheiro de molhado que ainda perfuma o ar ou tantos outros que delatam ter havido chuva naquele lugar. Tudo, quando bem observado, nos dará a certeza para afirmar, mesmo sem haver presenciado, que choveu enquanto dormiamos.

Todavia, as maravilhas da natureza não são o suficiente para nos provar a existência e a sabedoria de um criador.
Mesmo que com meticulosidade observássemos o desenvolvimento de um embrião, a transformação de um ser, ...do homem, máquina perfeita. Nada ainda é o bastante para comprovar.

Se deitarmos ao fim do dia e com precisão agendarmos todos os compromissos para o amanhã, quando a natureza cumprir o seu trazendo o sol e garantindo esse novo dia, mecanicamente o receberemos e nada nos fará refletir sobre as razões e o merecimento de assim ser.

O mesmo esforço que a mente faz para argumentar que tudo o que aí está é uma obra do acaso, de erros, acertos e ajustes do que se designou chamar de natureza, faria em refletir na possibilidade de não ser obra do acaso, mas de um propósito.
Por que o acaso se empenharia em evoluir para a beleza das coisa se as combinações entre as substâncias e as matérias permitiriam a vida?

Por que as flores, mesmos as minúsculas são caprichadas com tão belos detalhes? Algumas exibem filetos coloridos e raios multicores de um traçado tão preciso, repetido fielmente em todas das mesmas espécies. Se o objetivo das cores é atrair os insetos, não bastariam pequenas manchas? De onde vem o esforço na perfeição dos detalhes?

A mesma observação nós fazemos nas aves. Para que tanto detalhes, em cores, em plumas, em vôos, em sons? Para que tanta harmonia e melodia na comunicação de vários pássaros, a qual acostumamos chamar de “canto”?

Para que existe o cantar? Para que a música? Por que sentimos e dizemos: “A beleza alimenta a alma.”? Para que a alma se alimentar?

Por que a natureza exibe tantas obras-primas, que tantos artistas e até os cientistas tentam imitar?

Todos os que procuram para essas perguntas as respostas, esbarram em mistérios que a razão por si só não é capaz de desvendar e todos os que vivem apenas dela desistem então de tentar.


(Ivana Lucena)



“As ilhas da ciência e filosofia são em
toda parte lavadas pelos mares místicos.
O intelecto reduz a esperança e somente
os afortunados podem suportar isso
prazerosamente”.
(Will Durant)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O QUE INTERESSA AOS JOVENS?


Política, guerras, são assuntos muito complicados. Não é coisa de interesse dos jovens. Fica para os adultos, e poucos deles, diga-se de passagem. Quem se interessa em ver coisas sobre “os conflitos no Oriente Médio”? Ninguém entende nada direito mesmo.

Não adianta criticar os jovens por pensarem assim. São jovens, só buscam o que lhes interessa, isso é natural. Cabe a nós adultos tornar os assuntos importantes interesses para os jovens.

Sobre os “Conflitos no oriente Médio” o que podem lhes interessar é saber:

ü A Palestina era dona do seu território. – Como o Brasil é.

ü A maioria dos palestinos, agora, é obrigada a desocupar as suas casas, seus apartamentos, suas terras para os Israelenses se apropriarem. - Pensemos: Isso nunca poderia acontecer conosco?

ü Os conflitos no Oriente Médio, antes de serem por uma causa religiosa ou nacionalista, são movidos por interesses econômicos das potências estrangeiras que ambicionam o controle das suas fontes de petróleo. – O Brasil descobriu o pré-sal, tem bastante água para fontes de hidroelétricas e terras para produzir biodiesel. Já está sendo visto pelos estrangeiros como a “futura potência energética do mundo”.

ü A palestina não foi dominada do dia pra noite. Antes foi enfraquecida estrategicamente através de discórdias disseminadas entre seu próprio povo. – O Brasil é uma nação de misturas de raça, nem por isso deixamos de ser preconceituoso e vivemos atualmente uma guerra civil, não declarada oficialmente, com os comandos do narcotráfico.

ü Os Palestinos foram gradativamente sendo espremidos, hoje estão encurralados entre muros de até 9 metros de altura e outras barreiras. Os brasileiros nem percebem, na maioria, a manipulação que sofrem na mídia e, principalmente, dos políticos.

E aí? Vai continuar pensando que aquele mapa do Brasil, belo e imponente é estável para sempre? Que podemos viver somente “cada um na sua”? Vai continuar se preocupando só com roupas, novelas, shopings...?


Saiba que, enquanto isso:

ü Acordos políticos estão sendo feitos.

ü Privilégios e empresas são vendidos todos os dias aos estrangeiros.

ü Os nossos jovens não são educados para pensar.

ü Mal conhecemos nossa história, nossas bandeiras e nossos hinos.

ü Não sabemos eleger nossos representantes políticos.

ü Não sabemos cobrar os nossos direitos.

Presa fácil é o que somos. Só o “conhecimento” pode nos fortalecer. Interesse-se. Leia, assista os noticiários. Construa uma opinião própria. Seja flexível e sábio para reconhecer as verdades que muitas vezes se escondem por trás das mentiras que nos são ditas. Só dessa forma garantirá a defesa do patrimônio que é seu e nosso.

(Ivana Maria)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

POESIA - Ser Educador


Façamos valer a pena
tanta luta
tanto suor
tantas buscas
tanto se dar
não sejamos só palavras
que o vento pode levar
sejamos sonhos e pensamentos
mas também o próprio exemplo
do crêr e realizar

E quando os olhos se abrirem
para ver as injustiças
os conflitos e a dor
também enxerguem o amor
o luar, o sol, as estrelas
o lado bom das pessoas
a terra, o pão e a flor

"Que a alma não seja pequena"
Que educar valha a pena
para se fazer um mundo melhor
(Ivana Lucena)

POESIA - O outro lado


Eu sem você
Sou a metade de mim
Sou um inteiro em pedaços
Sou um eterno no fim

Eu sem você
Sou certeza de solidão
Sou nunca mais teus abraços
Sou uma vida só de razão

Eu sem você
Sou o voltar do caminho
Sou eu desatando os laços
Sou eu seguindo sozinho

Eu sem você
Sou o caminhar pro futuro
Sou decisão dos meus passos
Sou o outro lado do muro

(Ivana)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

OS EMOS





Revendo algumas poesias que escrevi fiz uma reflexão, nelas só há temas infantis ou de adulto sentimental. Nada sobre jovens.Não me atrevo a escrever poesia para jovens, não saberia rimar amor com shopping Center. Talvez só jovem mesmo consiga.
Há algumas décadas e séculos atrás era bastante comum os jovens expressarem seus sentimentos através de poesias. Hoje, quem se atreve a fazê-lo é taxado de “EMO”. O termo “EMO” vem da palavra emotivo. Os “emos” se constituem uma tribo de jovens que misturam no seu visual as cores preta e rosa e usam os cabelos bem estirados, geralmente cobrindo o rosto.
Observa-se entre os jovens de outras tribos uma discriminação muito grande com os “emos”. Fato que por si só já deve ser combatido, pois, discriminação, termo ao qual o dicionário atribui o significado de discernimento; separação; distinção, no uso social é lhe conferido um poder que evoca a superioridade e a inferioridade entre as pessoas. Ou seja, discriminar torna-se a disseminação de uma semente do mal em toda a humanidade. Seus frutos são sofrimentos e até guerras.
Cabe aos pais estarem atentos. Não somente ao que seus filhos expressam, mas ao que há nas entrelinhas das conversas no “MSN” ou nas comunidades das quais participam no “Orkut” e ainda, nos “sites” que visitam, nos “fóruns” e tantos outros caminhos virtuais pelos quais eles as vezes se perdem e nós nos sentimos impotentes para alcançá-los. A sabedoria paterna e materna não está apenas em atualizar-se nas tecnologias ou em “fuçar” tudo o que os filhos andam fazendo. Mas, antes de tudo, está na firmeza dos elos familiares; nas portas de diálogos sempre abertas; nos espaços para gargalharem juntos; na cumplicidade com os seus conflitos emocionais; no apoio com as dificuldades escolares e nas discussões abertas sobre ética e moral. Certa vez um senhor bem humilde me disse sabiamente: “Na escola se aprende cultura, educação se aprende em casa”.
A preocupação com os “emos” não deve limitar na discriminação que estes sofrem. Mas, principalmente nos conflitos internos pelos quais passam. Sem maturidade para compreender os seus sentimentos, a maioria se envolve em relações homossexuais que, se bem orientadas por um adulto confiável, não passaria de uma fase sem muitas seqüelas.
O problema é que assistimos a esses jovens “emos” entregues a própria sorte, buscando nos amigos o apoio, o carinho e a compreensão que muitas vezes lhes faltam em casa. São jovens sensíveis que somente adultos sensíveis e responsáveis serão capazes de ajudar. Tanto aos discriminados quanto aos que, por incapacidade de discernimento próprio, praticam o crime da discriminação.
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