Hoje é o dia dos pais. E eu
deveria escrever algo sobre isso.
Deveria, eu disse! Porque é justamente o fato
de não dever a ninguém, nem a mim mesma, que me faz escrever no Blog. Aqui
escrevo o que eu gosto, o que sinto, o que compreendo e acredito. Estou aqui
pela liberdade de escrever por amor. Por isso as longas pausas, sem inspiração
ou por estar muito ocupada com os “deveres”.
Dois meses se passaram e não
escrevi nada nesse tempo para publicar no Blog.
Isso pode ter muitos significados, dependendo
de qual seja a justificativa , dentre as que eu falei para as longas pausas.
Mas o que me preocupa é justamente o fato de eu ficar tanto tempo sem escrever “o
que eu gosto, o que sinto, o que compreendo e acredito...”. Para onde estará
indo tudo isso?
Conhecendo a intensidade com
que as coisas me tocam, lamento constatar que estou vivendo na superfície por
todo esse tempo.
Viver na superfície é mesmo
como sugere o termo, viver sem
aprofundamento. Nesse caso, sem sentimentos profundos, sem reflexões filosóficas.
Eu percebo que a minha mente
está mais canalizada para os “deveres”, para as obrigações. Não tenho vivido
espiritualmente, mas, materialmente. Ou seja, não tenho vivido, tenho
sobrevivido.
No meu trabalho, embora faça
o que realmente gosto, não há espaço para intensidade. As normas e regras podam,
controlam. Ousadia e sentimentos não são bem aceitos.
Estou achando melhor eu
falar um pouco sobre o dia dos pais mesmo.
“Um pouco” mesmo, porque eu
não tenho muitas referencias pessoais para falar sobre isso. Na memória afetiva não há nenhum registro
sobre o meu pai. Cedo ele se separou da minha mãe e se separou de mim e da
minha irmã também.
O que posso dizer sobre os
pais? Nunca sejam ex-pais.
A referência de pai que eu
tenho é o pai das minhas filhas. Há mais de quatorze anos da nossa separação,
totalmente presente na vida delas.
A ele e a outros pais que
nunca se permitiram tornassem ex-pais, a minha homenagem nesse dia. FELIZ DIA (VIDA INTEIRA) DOS PAIS!
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