Quando penso nos homens e
mulheres que inventam coisas e, ou, revelam teorias, imagino tratar-se de
pessoas inevitavelmente ousadas e com elevada autoestima. Isso porque, estou
ciente das dificuldades que se enfrenta nas incredulidades alheias e nas
barreiras sociais com as suas normas e apegos ao status quo.
Estou certa também que, em
alguns casos, para se chegar ao produto final há um longo caminho de experimentos,
de dúvidas e conflitos. Sem sombra de dúvida, esse período de insegurança se
estende ou se agrava quando se trata de teorias relativas ao estudo sobre o comportamento
humano. Obviamente pela complexidade da constituição individual humana.
Nesses casos, mais do que as
invenções de objetos materiais, para o enfrentamento das dúvidas é impreterível
a confiança em si mesmo, a crença na possibilidade que se tem de ultrapassar as
etapas conflituosas e alcançar as respostas.
Isso se torna mais fácil, obviamente quando já
conseguimos “provar” alguma coisa anteriormente. O começo não é fácil para
ninguém. Lembra-me inclusive aquele velho dilema do jovem que vai a procura do
primeiro emprego e se depara somente com empregadores que exigem experiências
anteriores.
Sabe-se, porém, que para
acreditar em si não é suficiente, tão pouco indicado, basear-se somente na prepotência
de achar que está certo. Faz-se necessário fundamentar as próprias teorias para
que o auto convencimento, posto a prova, não se abale à desistência.
Com relação a “estar
fundamentado” é elucidativo pensar que não se trata obrigatoriamente na
fundamentação em pessoas que fizeram as mesmas coisas antes, desse modo, não
seria invenção, criação, inovação. É preciso crer que a base das provas pode
estar em si mesmo, nas observações, nos testes, nos erros e, principalmente,
nos acertos e resultados.
Todavia, ficaria no plano
fútil da prepotência, dispensar a contribuição de pesquisadores anteriores que,
reconhecendo a dificuldade que deve haver enfrentado, esforçaram-se para deixar-nos
como legado.
De tudo o que se pode fazer
para encarar as desconfianças alheias; as faltas de condições para trabalhar; o
medo de errar e tantas outras barreiras que há no caminho, acreditar definitivamente
na nossa potencialidade é o primeiro passo.
Sabendo, que não há
facilidade para acreditar em si quando o território que pisamos é inovador.
Nesse, as dúvidas são bem mais evidentes do que as respostas certas e, neste
ponto, a confiança em nós mesmos deve ser reforçada para se abalar com a falta
de apoio externo que provavelmente ocorrerá.
Acreditar em si é o
combustível para seguir em frente apesar de...
(Ivana
Lucena, 29 de março de 2014)
Fonte da imagem: https://www.facebook.com/maiasfotografia
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