sábado, 29 de março de 2014

A OUSADIA DOS QUE ACREDITAM EM SI

Quando penso nos homens e mulheres que inventam coisas e, ou, revelam teorias, imagino tratar-se de pessoas inevitavelmente ousadas e com elevada autoestima. Isso porque, estou ciente das dificuldades que se enfrenta nas incredulidades alheias e nas barreiras sociais com as suas normas e apegos ao status quo.

Estou certa também que, em alguns casos, para se chegar ao produto final há um longo caminho de experimentos, de dúvidas e conflitos. Sem sombra de dúvida, esse período de insegurança se estende ou se agrava quando se trata de teorias relativas ao estudo sobre o comportamento humano. Obviamente pela complexidade da constituição individual humana.

Nesses casos, mais do que as invenções de objetos materiais, para o enfrentamento das dúvidas é impreterível a confiança em si mesmo, a crença na possibilidade que se tem de ultrapassar as etapas conflituosas e alcançar as respostas.

 Isso se torna mais fácil, obviamente quando já conseguimos “provar” alguma coisa anteriormente. O começo não é fácil para ninguém. Lembra-me inclusive aquele velho dilema do jovem que vai a procura do primeiro emprego e se depara somente com empregadores que exigem experiências anteriores.

Sabe-se, porém, que para acreditar em si não é suficiente, tão pouco indicado, basear-se somente na prepotência de achar que está certo. Faz-se necessário fundamentar as próprias teorias para que o auto convencimento, posto a prova, não se abale à desistência.

Com relação a “estar fundamentado” é elucidativo pensar que não se trata obrigatoriamente na fundamentação em pessoas que fizeram as mesmas coisas antes, desse modo, não seria invenção, criação, inovação. É preciso crer que a base das provas pode estar em si mesmo, nas observações, nos testes, nos erros e, principalmente, nos acertos e resultados.

Todavia, ficaria no plano fútil da prepotência, dispensar a contribuição de pesquisadores anteriores que, reconhecendo a dificuldade que deve haver enfrentado, esforçaram-se para deixar-nos como legado.  

De tudo o que se pode fazer para encarar as desconfianças alheias; as faltas de condições para trabalhar; o medo de errar e tantas outras barreiras que há no caminho, acreditar definitivamente na nossa potencialidade é o primeiro passo.

Sabendo, que não há facilidade para acreditar em si quando o território que pisamos é inovador. Nesse, as dúvidas são bem mais evidentes do que as respostas certas e, neste ponto, a confiança em nós mesmos deve ser reforçada para se abalar com a falta de apoio externo que provavelmente ocorrerá.

Acreditar em si é o combustível para seguir em frente apesar de...

(Ivana Lucena, 29 de março de 2014)






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