Estava calor, verão, postando as fotos das férias na
praia...
Ousei, pus eu lá, de biquine no Avatar.
Depois pensei: E quando virem o que vão dizer? O que vão
pensar?
Eu, exposta, meia idade, meio vestida, meio nua, meio a
vontade, a me mostrar?
Pensei naqueles que pensam: nos que vão julgar, nos que vão
falar...
De imediato comecei a
recordar:
Onde estavam quando eu precisava? Quando eu chorava? Quando
eu sentia medo, saudades, tristeza, solidão...? Quando o juízo fervia e não me
deixava o sono chegar?
Definitivamente, não estavam comigo lá.
Vendo assim, é fácil pensar.
Mas, sentir nem sempre condiz com raciocinar.
Então, volto ao tribunal, volto eu mesma a me julgar.
Olhando pra mim, seminua, presa no meu Avatar.
Por toda uma vida, enfrentando o dilema: Me preocupar ou Não
me preocupar?
“Eis a questão”: Com o que os outros vão falar.
Pensei que com idade e autonomia se conquistasse o direito
de mandar se danar.
Sempre quis que assim fosse, mas vejo, ainda hoje, que nem
sempre dá.
O que fazer com essa prisão que nos deixamos vagar?
Agora mesmo, nesse momento de conflito, O que fazem “os
outros” que detêm o direito de me julgar?
Posso imaginar.
Nunca irei me conformar
Com esse direito que a minha fraqueza teima em
dar,
de submeter a minha vida ao julgamento de quem nunca está nela quando preciso para me ajudar.
de submeter a minha vida ao julgamento de quem nunca está nela quando preciso para me ajudar.
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