Confesso que tantas vezes invejo os que facilmente se realizam em
sua fé. Certamente, isso lhes poupam de muitas angústias e do desgaste de uma
busca constante por respostas inteligentes e convincentes sobre a vida.
Apegar-se a histórias, de cunho moral, criadas e repassadas
inicialmente na cultura oral e depois eternizadas na literatura escrita e
utilizar-se delas para saciar toda a necessidade de saber é bem mais
confortante do que, tendo acesso a essas histórias, compreender o seu cunho
histórico e analisa-la impessoalmente.
Viver da fé exclusivamente é contentar-se com o que compreende sem
se exaurir na reflexão das razões de todas as coisas e se desgastar nas
pesquisas de possibilidades infinitamente variáveis do amanhã como resultado
das ações do hoje.
Os inquietantes e atrevidos
porquês são instrumentos que atormentam a alma. Feliz é o sujeito cujo mundo
espiritual resume-se apenas na garantia própria da salvação de sua alma. A sua
mente preenche-se e goza de tal conhecimento como o bastante. O respeito e a
submissão ao ser supremo é uma posição que aquieta e faz o homem adormecer em
paz.
É bem verdade que na outra ponta também há uma posição confortante:
ateu. Nem essa eu consigo alcança-la. Se o fizesse certamente bem mais fácil
seria. A convicção sobre o equívoco dos outros me acalmaria e nada mais haveria
para ansiar a não ser usufruir a perfeição que o acaso, por sorte, instituiu em
anos e anos de evolução.
Mas, eu sou esta...
2 comentários:
Vengo del blog de Cinequarto de Júnior Grigolo y me ha encantado tu Rincón; por lo cual, si no te importa, me gustaría ser Seguidor de tan bello Espacio, lleno de Magia, Color, Sentimientos, Sensaciones y Fantasías.
Un abrazo.
A fé, tal como a vida, é um mistério em que se acredita...mesmo sem ter visto! E, porque é mistério...vive na certeza da confiança e da entrega e daqui, resulta uma esperança que nunca morre!!
Beijocas
Graça
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