Frequentemente ouço alguém queixar-se de que “os jovens de hoje em dia não gostam de ler ou de escrever”.
O certo é afirmar que eles não gostam de ler ou escrever o que, particularmente, é de nosso interesse ou de entendimento de que é relevante para eles.
Participo de algumas redes sociais na internet e, francamente, tenho percebido muito mais jovens se comunicando, trocando ideias do que adultos.
Não estou ignorando o fato de que esta é a praia deles de que sendo frutos da era tecnológica é natural que assim o seja.
Também reconheço que, na maioria das vezes, os conteúdos das suas comunicações são fúteis, ou, melhor dizendo, são relativos as suas experiências juvenis, sem aprofundamento, reflexão ou um conduto qualquer que extrapole os limites dos seus próprios entendimentos e idéias.
Por outro lado, refletindo sobre a afirmação acima, sinto uma tendência em revè-la quando recordo-me de quanto nos surpreendemos com eles pela capacidade de descobrir, inventar e assimilar as coisas que se renovam e se superam a cada dia nesse mundo da tecnologia digital.
De tudo, o que realmente ignoro ou lamento é observar que muitos adultos, alguns deles educadores e, portanto, formadores de opiniões, ou colaboradores delas, quase não se utilizam da internet para se comunicar.
Não estou me referindo aos adultos que não tem acesso a ela. Mas aqueles que se associam as redes sociais da internet e não se disponibilizam a interagir com ou outros através delas com a prioridade que deveria.
Ou, quando muito, o fazem como os jovens, sem aprofundamento, sem leituras, sem reflexões, ou seja, sem agregar maiores conhecimentos e possibilidades de evolução, apenas para “bater papo”.
Estes não tem o direito de falar dos jovens que não se esforçam para gostar de ler e aprofundar os seus conhecimentos.
Também as escolas, no geral, não têm sido, infelizmente, nenhum modelo de incentivo para os jovens adquirirem o gosto pela leitura.
Muito pelo contrário, e principalmente naquelas que oferecem ensino médio, o que se assiste são jovens sendo desestimulados a gostarem de Literatura, através de exercícios e cobranças de uma disciplina sem nenhum significado para eles. Apenas o de garantir a nota da prova.
Lamento profundamente por esses professores que não buscam acompanhar a evolução das ciências nos meios de comunicação e, principalmente, por aqueles que não conseguem, tendo a oportunidade, fazerem seus alunos se apaixonarem pela tradição da palavra escrita.
Não é realmente uma contradição, a escola, espaço legítimo do aprendizado da leitura e da escrita, ensinar os nossos jovens a odiar a Literatura?
Certamente a metodologia das aulas maçantes de Literatura, devem ser revistas.
Assim como a metodologia daquelas que também colaboram para os alunos odiarem Física, Inglês, Matemática, Química, Biologia, História, Geografia, Lingua Portuguêsa, Artes, Espanhol e etc.
Por enquanto não é muito fácil convencer os jovens a largarem a internet e se deliciarem com um bom exemplar literário.
O que nos alivia é observar que aqui e acolá eles superam a barreira criada pela escola e se interessam por algum livro que faz sucesso no seu meio e que tem a ver com os seus interesses.
5 comentários:
Nossa tia, você consegue enxergar muito bem a realidade de muitos jovens, acho que se todos tivessem uma mente aberta com a sua as dificuldades encontradas nesse conceito não existiriam! Muito bom Bj :*
Humm..Muiitoo bom, O textoo
jéђઽઽycα _____• ρooℓℓyαททe
Na verdade hoje vemos muito mais interesse pela intenet do que pela Literatura. Os jovens parece que não têm saco de ficar lendo ,preferem a internet . Mas não podemos negar que os jovens têm uma visão muito ampla. A persepção deles é muito aguçada .
Voce ivana é uma educadora exemplar
Nota dez pra voce . Beijo
temos que observar os jovens no contexto atual, na realidade de nossos dias. Lembro que em criança e adolescente, ouvia os mais velhos dizerem: ah, mas no meu tempo...
qual é o tempo, cara pálida? só vamos saber o resultado da realidade vivenciada hoje no futuro.
acredito nos jovens, mas eles são diferentes de nós, é óbvio, agora, se vai ser melhor ou pior, só o tempo.
eu acho que não teremos grandes mudanças em pouco tempo, no final eles acabam estudando e trabalhando como sempre foi, formando família, etc.
e as tais crianças índigo onde estão? as que conheço adoram mc donalds, TV e computador, são muito mais inteligentes do que éramos mas nada de excepcional...
desculpe o discurso, mas este é pra mim um assunto recorrente e que me interessa muito.
Beijos
Oi Ivana!
Hoje sinto que existem muiiitos jovens que gostam de ler, até me admiro! eu gosto de ler, mas infelizmente não despertei este interresse nos meus filhos, mas tenho muitos sobrinhos e tosdos eles adoooram ler, lêem muito, claro a literatura em massa que temos hoje, que eu particularmente chamo de descartável, mas gostam de ler e isso é importante. Eles têm uma facilidade grande em acompanhara os avanços tecnológicos e isso também tem mérito! Texto muito bom e sempre atual, gostei! Bjo e boa semana!
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