A data era 17 de fevereiro
de 2012, véspera de carnaval.
Nesse dia, a tempestade que já estava prevista
e já começava a cair, provocou uma onda gigante e derrubou violentamente o
navio, antecipando o fim da viagem.
O dia tinha amanhecido e apesar
dos sinais da tempestade a viagem parecia continuar como estava de uns tempos
para cá, sem rumo e sem previsão, apenas mantendo o navio na água.
De repente ouvi o anuncio do naufrágio iminente.
Todas as tripulantes começaram a selecionar os seus pertences que podiam
carregar para tentar salvar as suas vidas.
Era uma luta individual, mas,
apesar disso, refleti imediatamente que o desespero não deveria destruir o
grupo. - De alguma forma, no meio do oceano, deveríamos buscar umas as outras
para decidir os novos rumos - propus.
Assim fizemos e cá estamos
unidas e salvas.
Porém, até hoje, passados
mais de três meses do ocorrido, os sinais dos flagelos causados, principalmente
nas almas das sobreviventes, ainda são fortes.
Algumas já alcançaram um porto
seguro, outras ainda se equilibram nos destroços do naviostentando chegar à
margem segura, ameaçadas pelas ondas que insistem em derrubá-las.
Para cada uma, um
aprendizado, um renascimento.
Certamente, saímos mais
fortes dessa tempestade. Descobrimos novos rumos, novas possibilidades e
aprendemos mais sobre navegar.
2 comentários:
Tens razão! cada situação um aprendizado! Cada momento é um acrescentar e melhorar! Bjs
Olá Ivana,
força e fé!
Abraços, saúde e muita paz interior.
Postar um comentário