Acredito
mesmo naquela máxima lançada pela raposa ao pequeno príncipe “Tu te tornas eternamente responsável por
aquilo que cativas.” (Saint-Exupéry). Daí o peso na minha consciência
pelo abandono ao qual presto o meu Blog e, por via de consequência, aos que
inicialmente decidiram me seguir, acreditando nas promessas que os fiz crer
sobre postar sempre coisas interessantes por aqui.
Estou bem certa de que muitos já se afastaram. Evidente.
Ainda mais, sabendo que mesmo quando estou postando, se não retribuo as visitas
e gentilezas de comentar também as postagens que os amigos da Blogosfera se
empenham em oferecer, eles não encontram nenhuma justiça em permanecerem fieis
ao meu Blog. Ou seja, o meu abandono ao meu próprio Blog é também um abandono
aos Blogs dos amigos e, logicamente o abando deste Blog pelos amigos
abandonados.
Lamento profundamente e nada tenho para
apresentar como justificativa de tal comportamento. Estou certa de que não
perdi as ideias, tampouco as causas pelas quais sempre defendi e motivavam meus
textos. Ocorre que estou em outra. Outra fase de vida. Cheia de obrigações e
vazia de mim. Vazia de inspirações.
As ideias até que me vem à cabeça, a motivação às
acompanham, mas, quando tento pô-las na escrita elas parecem não ditas, pelo
menos, não como eu gostaria mesmo de dizê-las.
Assim, por enquanto vou listar aqui apenas ideias
das quais gostaria de escrever se a inspiração me viesse algum dia novamente. Queria
falar sobre:
·
O trânsito
caótico da nossa capital;
·
Os stress de mãe
causado pela insegurança das ruas;
·
A tendência de sentir-se
atraída pelo cara errado;
·
O medo mensal de
não conseguir dar conta de tantas contas;
·
A mágoa de
observar o egoísmo jovem das filhas;
·
O lado bom da
vida interiorana que também me assombra com o tédio;
·
A vontade de dar
margem ao pensamento irresponsável de pensar só em mim de vez em quando;
·
O medo de ficar
só e do contrastante prazer que isso dá de vez em quando;
·
O sentimento de
impotência depois que o voto deposita o “poder” nas mãos dos nossos
representantes políticos;
·
Da minha rua que
vira depósito de lixo para as casas dos ricos ficarem mais limpas para o Natal;
... Enfim, qualquer dia eu volto. Quem sabe?!
Para falar de mim, de tu, de nós e, quem sabe, daquilo. Mesmo que ainda restem
bem pouco dos que cativei, ou nada mais.
Perdão, amigos!
Um comentário:
Minha querida Ivana,
Isso é comum acontecer. Todos somos seres de fases. Também passei longos períodos sem postar no meu blog. Agora resolvi reformulá-lo e em uma semana já postei mais do que no ano passado inteiro.
Não fique muito aflita. Quem realmente lhe admirar permanecerá, como eu.
As minhas visitas aqui não dependem de sua retribuição, embora, é claro, ela seja sempre bem vinda.
Um grande abraço!
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