sexta-feira, 13 de setembro de 2013

VIOLÊNCIA NA ESCOLA

A violência chega na escola como uma lama que vem escoando de uma sociedade desestruturada, mal educada, mal assistida pelos governos e mal representada pelos políticos que ela própria legitima.  Esse lamaçal desgovernado pega os professores e funcionários despreparados.

A escola pede socorro. E já pede há muito tempo, mas, agora agoniza.

É muito comum hoje em dia a gente se encontrar frequentemente com colegas professores afastados por doenças psicológicas, com transtornos como depressão, ansiedade, distúrbio bipolar e esquizofrenia. Isso é muito triste de se constatar.

Não basta salários baixos, escolas sucateadas, falta de apoio e de material para trabalhar, não basta o atraso tecnológico da maioria das escolas, os professores agora são reféns de crianças e jovens desconstituídos de valores humanos. Esses alunos que por pouco, ou por nada, explodem, agridem e matam seus professores, seus colegas e qualquer pessoa que de alguma forma contrariá-los.

E os professores, por sua vez, nessas condições de trabalho, não têm a mínima condição de compreender os alunos, de auxiliá-los na recuperação dos valores.
  
Como a escola pode cumprir o seu papel se nem ela mesma reconhece mais qual seja?

 Nos últimos tempos o que vemos assistindo é a negligência no papel da família; no papel ou função dos órgãos de saúde, de segurança e etc. Assim, a escola, além de não contar mais com nenhum apoio dessas instâncias tem sido colocada na obrigação de cobrir as suas faltas.

Como educar os filhos de pais mal educados? O trabalho do professor se assemelha ao da artesã que constrói um tapete de crochê e a cada dia se esforça para ampliar o produto construindo algumas carreiras, mas, para o seu desespero, na casa do aluno o crochê é desmanchado, perdendo-se todo o trabalho.

Não há saídas?

É claro que há. Mas não é a escola sozinha que dá conta. É preciso que cada um cumpra o seu papel.  A escola precisa de parcerias para atender as necessidades desses alunos e trabalhar a família também.

A escola precisa, antes de tudo, de professores que se sintam valorizados que se mostrem comprometidos, preparados e sensíveis para lidar com esse problema social que é a violência em nosso país.

Os caminhos são construídos, principalmente, ouvindo os próprios alunos e contando com eles para provocar as mudanças.

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