quarta-feira, 15 de maio de 2013

AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN





Aproveito o desabafo do aluno para denunciar um modelo de educação que predomina na Universidade Federal do Rio Grande do norte e que, definitivamente, caminha na contramão da história. 

Refiro-me a uma didática ultrapassada praticada pelos professores, que se impõe diante dos alunos com o autoritarismo visto na “época da palmatória”. 

Os professores da UFRN, com algumas exceções, óbvio, parecem realmente sentirem-se “ os imexíveis”, como diria o ex-ministro do Governo Collor.

Parece que a avaliação que fizeram para obter o acesso como professores universitários tem um valor de “eternidade”, ou seja, eles podem ser maus professores à vontade. Danem-se os alunos que não podem fazer nada com os senhores e senhoras concursados.

As alegrias que tive quando cada uma das filhas conseguiu entrar para a UFRN foram se esvaziando junto com o desencantamento que elas passaram a ter ao se verem diante de professores que limitam-se apenas em passar cópias e cópias de textos para o aluno ler e depois fazer trabalhos e provas.

Sinto-me como elas, de pés e mãos atados. Quando eram pequenas e, por acaso, se detectava qualquer problema na escola onde estudavam, era fácil de resolver, bastava eu ir lá, conversar com a coordenação e com as professoras para tudo se resolver através do diálogo. E na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como ocorre esse diálogo?

Precisamos ouvir os nossos alunos. No desabafo do aluno que me inspirou a escrever sobre isso, percebemos que os Coordenadores de cursos não podem fazer nada, ou seja, são impotentes diante das suas majestades os “professores federais”. 

Lamento demais estar falando dessa forma de pessoas que deveriam somente merecer a nossa admiração. Alguns deles, felizmente ainda se mantêm assim. Esses são os verdadeiros mestres, os sábios.

Os demais, que se colocam na classe dos orgulhosos e prepotentes, como se ocupassem “a cadeira dos imortais”, nos revoltam e são os motivadores de tanta desânimo dos jovens para concluírem um sonho que acabou tornando-se um pesadelo.

Esse modelo de Universidade deve ser urgentemente revista.

Ao mesmo tempo que leio a publicação acima no facebook, ouço vindo da tv a notícia de que de agora em diante só poderão ser efetivados como professores universitários os que tiverem diplomas de doutorados.

Espero que isso signifique alguma boa mudança, embora invista muito pouco crédito nessa esperança pois alguns “mestres” também  são “mestres” em demonstrar na teoria o quanto são bons e quando chegam na prática não correspondem ao que teorizaram profissionalmente a respeito de si.

O que deveria se garantir sobre, não apenas os professores universitários, mas todos os funcionários públicos concursados era a avaliação constante de seus trabalhos e, se comprovada a sua ineficácia, como qualquer empresa, fossem demitidos.


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