segunda-feira, 21 de março de 2011

BULLYING, POR QUE ELE EXISTE?


O vídeo a seguir, mostra um caso recente de Bullying  em uma escola na Austrália e a repercução mundial que ele alcançou ao aparecer no You Tube. Trazendo a tona essa discussão tão pertinente para quem está envolvido com a educação de crianças, jovens e mesmo de adultos.



Assistindo a esse incidente, poderia dizer que tudo o que vi me deixou deveras chocada.  Mas, o que me chamou muito a atenção foi o fato de o pai declarar, e realmente ficou evidente, que nunca soube do sofrimento pelo qual o filho passava por todos esses anos.

Esta situação que de imediato julgamos como omissão paterna é mais comum do que podemos imaginar.  

A omissão não está apenas nos pais, ela se estende a todos os adultos que estão, ou pelo menos deveriam estar, envolvidos diretamente com a educação dessas crianças e jovens.

Há pouco tempo, no Brasil, foi divulgado um caso em que um casal de adolescentes fez sexo dentro de uma sala de aula e o vídeo com a cena foi parar na rede da internet.

Não é raro assistirmos nos noticiários casos de agressões e abusos contra crianças dentro de creches e escolas.

Onde estão nesses momentos os adultos que deveriam estar protegendo estas crianças e estes jovens?

Embora a Wilkepédia exponha que o Bullyng possa ocorrer também no local de trabalho, com vizinhos e até mesmo entre países, o mais comum é observar-se esse comportamento dentro das escolas e Universidades.

Vejamos alguns esclarecimentos que ela apresenta a respeito deste assunto.

Características dos bullies (praticantes do bullying)
Pesquisas[4] indicam que adolescentes agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido sugerido[5] que uma deficiência em habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados podem ser particulares fatores de risco. Estudos adicionais[6] têm mostrado que enquanto inveja e ressentimento podem ser motivos para a prática do bullying, ao contrário da crença popular, há pouca evidência que sugira que os bullies sofram de qualquer déficit de autoestima.[7] Outros pesquisadores também identificaram a rapidez em se enraivecer e usar a força, em acréscimo a comportamentos agressivos, o ato de encarar as ações de outros como hostis, a preocupação com a autoimagem e o empenho em ações obsessivas ou rígidas.[8] É frequentemente sugerido que os comportamentos agressivos têm sua origem na infância:
"Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, há o risco de que ele se torne habitual. Realmente, há evidência documental que indica que a prática do bullying durante a infância põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência doméstica na idade adulta."[9]
bullying não envolve necessariamente criminalidade ou violência. Por exemplo, o bullying frequentemente funciona através de abuso psicológico ou verbal. Os "bullies" sempre existiram mas eram (e ainda são) chamados em português de rufias, esfola-caras, brigões, acossadores, cabriões, valentões e verdugos.
Tipos de bullying
Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros. Abaixo, alguns exemplos das técnicas de bullying:
§  Insultar a vítima; acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada.
§  Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade.
§  Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc, danificando-os.
§  Espalhar rumores negativos sobre a vítima.
§  Depreciar a vítima sem qualquer motivo.
§  Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando a vítima para seguir as ordens.
§  Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelobully.
§  Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexualreligiãoetnia, nível de renda,nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência.
§  Isolamento social da vítima.
§  Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas sobre a vítima em sites de relacionamento, de publicação de fotos etc).
§  Chantagem.
§  Expressões ameaçadoras.
§  Grafitagem depreciativa.
§  Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita").
§  Fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas.



Diante disso tudo, outra pergunta que naturalmente fazemos é onde estão os pais desses  que praticam o Bullying. Certamente faltouem seu  relacionamento um elo com base no respeito, na educação, no diálogo e no amor.

Ou, do contrário, podemos pressupor que alguns pais de tais agressores são na verdade os próprios exemplos, ainda que muitas vezes não percebam ou até casos em que intencionamente incentivem tais comportamentos.

O ato, o mau exemplo e a omissão têm o mesmo peso quando as consequências são o sofrimento de alguém

É preciso estarmos sempre atentos, principalmente nós pais e professores, responsáveis legítimos pela educação,  para sermos o tempo inteiro instrumentos da paz.

Não apenas no discurso mas, principalmente, nas atitudes.

4 comentários:

lusinez disse...

Pois é, esse é um assunto muito sério e as vezes é dentro de casa que começa, no início é apenas uma brincadeira, porém se os pais, professores ou responsaveis não tomarem uma atitude, isso pode se tornar muito sério, pode acarretar problemas no resto da vida. Vamos procurar fazer a nossa parte!

vovo cibernetica disse...

Realmente esse assunto é muito preocupante , e requer de todos nós pais , professores e até avós uma atitude ,podemos até dizer urgente . Não podemos ficar de braços abertos esperando o problema se alastrar .Vamos tomar uma atitude antes que seja tarde demais . engs
.

Darcléa disse...

Olá Ivana, excelente texto e muito pertinente. Devemos sempre falar sobre esse assunto, quanto mais divulgarmos melhor para a sociedade. Parabéns!!! Fica com DEUS.

Sandra França disse...

Oi Ivanaaaa!!!!
A-D-O-R-E-I seu texto!!!!!
Parabéns pelo excelente trabalho... Vamos divulgar, né?

Quanto à reunião, o microfone tremia em minhas mãos... kkkkkkk Mas... alguém tinha que falar, não é mesmo? rsrsrsrsrs

Beijinhos

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