domingo, 31 de outubro de 2010

POR QUE VIVER AINDA VALE A PENA

Muitas vezes a realidade entristece tanto os nossos corações. Parece que todos os cantos para onde olhamos enxergamos violência, egoísmo, covardia e sofrimento. Chegamos até a refletir se realmente vale a pena viver nesse mundo.
É realmente verdade tudo isso, porém, é necessário que voltemos novamente o olhar, dessa vez com mais discernimento e lá, nesses mesmos lugares onde enxergamos essas coisas, iremos enxergar pessoas que doam a sua vida para acolher, apaziguar, cuidar, auxiliar... São como flores que brotam entre as pedras.
Esses exemplos de vida nos permite responder que sim, ainda vale a pena viver nesse mundo.
“Amar o próximo, como a ti mesmo” é o que essas pessoas procuram fazer.
Algumas vezes esse amor se expressa em pequenos gestos de ajuda, mas algumas pessoas não se contentam apenas em fazer isso vão mais longe, criam instituições; participam como voluntárias em programas de ajuda, em asilos, orfanatos, hospitais; fazem campanhas para auxiliar os outros e encontram tantas outras formas de amar incondicionalmente.
Sempre me encantei com esse tipo de gente. Esse deve ser verdadeiramente o “sal do mundo” do qual falava o sábio nazareno.
E o que dizer daquelas pessoas que conseguem enxergar o seu próximo também em um animal de rua, em um bicho que sofre maus tratos do ser humano, em bichinhos às vezes sujos, doentes, debilitados, onde ninguém mais enxerga beleza?
Essas pessoas são a razão para nos fazer acreditar que servir deve ser um bom motivo para continuar vivendo nesse mundo.

 Conheça um desses exemplos:
http://bichinhosprecisamdelar.blogspot.com/

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

QUEM DEFENDE O ALUNO?

Nesta última terça-feira, 19 de outubro, assisti a uma palestra  proferida por Dr Sasha Alves do Amaral. (Promotor Coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Infância e da Juventude). Excelende orador, o Dr. Sasha discorreu sobre as leis e instituições de proteção ás crianças e os jovens. Falou também sobre o papel da família, da escola e da justiça na promoção do atendimento às necessidades  e aos direitos destas crianças e jovens.

Terminada a apresentação do palestrante foi aberto o espaço para quem quizese fazer perguntas. Aproveitei a oportunidade e fiz duas perguntas, uma delas foi aplaudida por todos presentes, compreendo que pelo fato de sofrerem a mesma inquietação por tal injustiça que vem sendo praticada há muito tempo nas escolas públicas. Socializo aqui a pergunta para refletirmos juntos.

Segue o texto da pergunta:

“ SOU PROFESSORA, ATUALMENTE ESTOU DIRETORA DE UM CENTRO INFANTIL, MAS, NESSE MOMENTO, GOSTARIA DE ME COLOCAR QUI NO PAPEL DE MÃE DE ALUNO.

TENHO CONHECIMENTO DE QUE NAS ESCOLAS PRIVADAS NÃO HÁ UM DIA NO CALENDÁRIO LETIVO QUE NÃO SEJA DEVIDAMENTE CUMPRIDO. ATÉ OS ‘IMPRENSADOS’ SÃO NEGOCIADOS E PAGOS.

PERGUNTO:

SABENDO QUE NA ESCOLA PÚBLICA AS AULAS SÃO SUSPENSAS SE O PROFESSOR ADOECER; SE FALTAR ÁGUA; SE FALTAR MERENDA; SE TIVER REFORMA; SE CHOVER MUITO; SE FOR VÉSPERA DE FERIADO; SE FOR CARNATAL;  SE TIVER ASSEMBLÉIAS NO SINDICATO; SE TIVER MOBILIZAÇÕES; SE HOVER REUNIÕES CONVOCADAS ÀS PRESSAS PELA SECRE TARIA; ...

E, QUE NOS CASOS CITADOS, O PROFESSOR SE VÊ NO DIREITO DE SE EXIMIR DA OBRIGAÇÃO DE REPOR AS AULAS, JÁ QUE NÃO FOI ELE O CAUSADOR DOS TRANSTORNOS, COMO FICA ENTÃO ASSEGURADO O DIREITO DO MEU FILHO ESTUDAR, ASSEGURADO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E NA LEI DE DIRETRISES E BASES DA EDUCAÇÃO QUE LHES GARANTE 200 DIAS LETIVOS, NO MÍNIMO, AO ANO? “

                A resposta dada pelo mesmo foi que seria o caso de denunciar à Promotoria da Infância e da Juventude.

                Porém, todos nós sabemos que a solução efetiva não está no juridico e sim na consciência dos educadores (professores, direção, Sindicato e Secretaria), se cada um fizesse realmente a sua parte, cumprisse o seu dever, o direito do aluno estaria preservado.

 (Ref. Foto dos alunos da Educação Infantil da Escola Municipal Profª Ivonete Maciel, 2007).

sábado, 16 de outubro de 2010

O QUE GIGELE E EU TEMOS A VER COM OS CARROCEIROS?

Tenho uma cachorra viralata chamada Gigele. Por descuido, ficou prenha. Tiramos uma radiografia hoje dela e descobrimos que está bem perto de dar a luz a meia duzia de filhotes. Deus tenha misericórdia dela e de mim. Não sei o que vou fazer com tantos cachorros.

Na clínica, enquanto aguardava a veterinária, encontrei no balcão um abaixo-assinado de uma ONG de proteção de animais, a AU.QUE.MIA, solicitando a proibição do uso de carroças pelas ruas da nossa cidade.

O texto era muito esclarecedor e convincente, falava dos mal tratos aplicados aos animais para forçá-los a carregar pesadas cargas; da situação degradante que se auto-impôem essas pessoas, fuçando os lixos alheios; da desumanidade e descumprimento da lei quando crianças acompanham os adultos nessa atividade, apregoando ter um futuro igual  e outros pontos que tais quais esses não deixam dúvidas que é urgente a tomada de providências do governo municipal para devolver a dignidade dessas pessoas; os direitos dessas crianças e a proteção desses animais.

O texto lembrava também da imagem da cidade diante dos turistas que virão por ocasião da Copa do Mundo em 2014.

Convenci-me de imediato e assinei o tal documento. Torço para que mais pessoas também o faça e que as providências realmente sejam tomadas. Lembrei-me o quanto me incomoda realmente ver tantas carroças nas ruas e tantas pessoas se sujeitando a viver do lixo. 
Reciclar lixo deveria ser uma atividade organizada pelo governo, orientada, remunerada e fiscalizada. Ao contrário, sobrevive na marginalização, semelhante aos que pastoram ou  limpam os vidros dos carros  em troca de moedas, chamando isso de trabalho.

Lembrei-me também das contradições que a vida nos conduz, há pouco tempo atrás estava eu participando de outra campanha para ajudar uma senhora a comprar uma carroça, pois tivera a sua roubada e eu discursava sobre a importãncia da carroça como instrumento de trabalho.
Infelizmente, ainda não pode ser diferente. Ainda não há alternativas para essas pessoas. Mas assim como eu passei  por uma mudança no meu modo de pensar, muitas outras coisas podem mudar. Só precisa de um início.

Precisamos acreditar e buscarmos alternativas para dar a nossa contribuição. Estou fazendo a minha parte aqui. Com certeza sou capaz de fazer muito mais que isso, basta eu ir atrás. E eu vou. Vamos?

(Veja íntegra o texto do abaixo-assinado e aproveite para assinar também.
PS. Agora, vou ver Gigele, acho que já estão nascendo os cachorrinhos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

... E TORNEI-ME PROFESSORA

Não era esse o meu sonho
Nem nasci com esse dom
Como querem desenhar
Era uma jovem imatura
Cuja realidade dura
Pouco havia para sonhar
Foi a única porta aberta
E eu resolvi entrar
Não foi uma descoberta
Mas, um plano a se realizar
Ensinei a jovens como eu
Sem saber como ensinar
Mais aprendi que ensinei
Em algumas acertei
Principalmente em amar
Descobri nisso a nobreza
Da arte de educar
A razão para a minha vida
Um motivo para sonhar
Nos braços do conhecimento
Entreguei-me com ardor
E hoje a maior benção recebida
É dizer-me professora
Reconhecer o meu valor
É olhar para o meu aluno
 Jovem, adulto ou criança
E ver nele a esperança
De  construir um mundo de amor

DOCES LEMBRANÇAS




quarta-feira, 13 de outubro de 2010

POEMA PARA MARIA JOSÉ




Ah Maria

Se tal qual a outra

Maria nasceste tu

Maria mãe da vida

Maria mãe da dor

Maria de tantas vitórias

Maria mãe de Jesus

Em José te completas

Maria família plena

Maria José és Luz

Nas dores nada temas

Confies e creias apenas

 É o filho quem te conduz



terça-feira, 12 de outubro de 2010

COMO O MUNDO TEM ACOLHIDO AS CRIANÇAS?

“DEIXAI VIR A MIM AS CRIANÇAS 
POIS DELAS É O REINO DOS CÉUS”

Ah se neste dia, 12 de outubro, os brinquedos não faltassem a nenhuma criança!

Quem dera todas as crianças do mundo fossem filhas do amor;  que as ruas, o despreso e os maus tratos nunca fossem a sua realidade.

Que nunca lhes faltasse a escola e que lá fosse sempre um lugar lindo, mágico, de encontro com os amigos, com os livros, com as maravilhas de coisas e idéias criadas pela humanidade e, principalmente, com o(a) professor(a), cuja lembrança levaria para sempre, com muito carinho, na sua jornada para tornar-se gente grande.

Que todas as leis que garantem os seus direitos nem precisassem existir pois criança seria um ser sagrado, jamais negligenciado, violentado ou despresado.

Que, se um dia a criança caisse doente ou simplesmente por necessidade de prevenção, tivesse sempre e imediato à sua disposição os melhores hospitais e atendimentos médicos.

Que todas as crianças dormissem tranquilas no aconchego de um lar, limpo e saudável e que ao acordar tivessem sempre o alimento que necessitam para crescer com saúde.

Que todo adulto ao olhar para qualquer criança enxergasse nela seu(a) filho(a). Pois nunca saberemos verdadeiramente os mistérios que envolvem a nossa existência.

Que os nossos pensamentos por um mundo melhor para as crianças tornassem-se desejos e que os nossos desejos se tornassem-se ação

(Ref. a foto são das crianças do CMEI Saturnina Alves - Natal/RN)

sábado, 9 de outubro de 2010

SOU PROFESSORA E ESTES SÃO OS MEUS MEDOS

·         TEMO QUE  AO INVÉS DE ORGULHO, O MEU ESFORÇO PARA GARANTIR A ASCENÇÃO DO PRÓXIMO, ALIMENTE A IDÉIA DE QUE SOU ULTRAPASSADA.

·         TEMO QUE A INGRATIDÃO COM A MINHA PROFISSÃO TORNE-ME UMA CÉTICA DO MEU PRÓPRIO VALOR


·         TEMO QUE OS ESFORÇO PARA EXIGIR MEUS DIREITOS ENDUREÇA O MEU CORAÇÃO E EU OS DEFENDA AINDA QUE INFLIJA OS DIREITOS DA CRIANÇA.

·         TEMO QUE A LUTA PELO RECONHECIMENTO DA MINHA PROFISSÃO OFUSQUE O MEU ENTENDIMENTO QUE EDUCAR É ANTES DE TUDO UMA MISSÃO.


·         TEMO QUE DE TANTO SER EXIGIDA SEM AS DEVIDAS RECOMPENSAS EU PERCA O AMOR POR ENSINAR.

·         TEMO  QUE AFIRMAR SOU PROFESSORA DESPERTE NOS OUTROS COMPAIXÃO AO IVÉS DE ADMIRAÇÃO.

·         TEMO QUE A CADA GERAÇÃO, NOS VALORES REPASSADOS PELAS FAMÍLIAS, TORNE-SE MENOR O RESPEITO DOS ALUNOS PELO MESTRE.

·         TEMO UM DIA PERDER O ENCANTO DE EDUCAR, SERÁ O MESMO QUE DESISTIR DA VIDA.
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