domingo, 26 de setembro de 2010

FALANDO EM POLÍTICA...

Porque a maioria das pessoas dizem detestar política?

Talvez por não conceber ao certo o que significa realmente política e somente associá-la a períodos de campanha eleitoral ou aos escândalos de corrupções envolvendo os representantes políticos e governantes.

De onde vem o mito de que “política não presta” e “todo político é ladrão”?
Também,  pelas experiências da maioria das pessoas com aqueles políticos que após eleitos esquecem totalmente dos seus eleitores para depois, só recobrarem a memória na próxima campanha eleitoral.

Porque é tão dificil  entender sobre política?
O conhecimento sobre política não está tão distante do povo, tampouco, tão próximo. Está próximo se, por exemplo, eu pensar em política como tudo o que envolve as decisões relativas a minha vida social, como ir a uma praia; ir a um shoping; estudar; casar; ter filhos; trabalhar; comer; vestir e tantas outras que, embora a mim pareçam deliberadamente pessoais, depedem da situação econômica que me encontro; do nível intelectual que eu consegui alcançar; da minha saúde; das condições de acesso aos locais; etc. Reconheço assim, que é importante a reflexão sobre quem irá me representar nos orgãos públicos governamentais e assembléias pois de lá saem as decisões sociais que interferem diretamente nas minhas opções pessoais.

Isso é o suficiente para se ter o conhecimento completo sobre política?
Toda ação política diz respeito a tomadas de decisões serissimas e complexas relativas a economia e isso ainda está muito longe do entendimento da maioria da população. Tudo o que assistimos, sejam políticas sociais; políticas educacionais; políticas de segurança pública; de saúde; etc., estão inteiramente dependentes dos conhecimentos e decisões da área econômica.

Mesmo sem muito conhecimento, é fácil escolher um candidato?
Ainda é muito grande, no Brasil, o numero de eleitores que avaliam o caráter e a capacidade dos seus canditatos pela bondade que estes demonstram ao doarem óculos de grau; tijolos; conseguirem vaga de emprego; remédios, ou ainda, simplesmente, por dar demonstração de humildade andando a pé pelas ruas, abraçando os “pobres”. O conhecimento sobre política caminha de braços dados com a educação institucionalizada e a capacidade de escolha do melhor candidato varia conforme o grau de conhecimento adquirido pelo eleitor.

Por que os professores e a educação ainda são tão desprestigiados, embora as propostas da maioria dos políticos articulem o contrário?
Quanto mais alto o nível de escolaridade e a qualidade dessa educação, mais esclarecido será o eleitor. Isso não é muito vantajoso para esses políticos “bonzinhos”. Felizmente é possível perceber que os jovens hoje estão mais antenados, apesar de alguns equívocos em que baseiam as suas afinidades por determinados candidatos, o importante é que estão participando, principalmente através da internet, discutindo política. Até lá, quanto maior esclarecimento buscarmos para analisar os candidatos, menor será o nosso erro nas escolhas.




domingo, 19 de setembro de 2010

NÃO TENHO RELIGIÃO

              Não quero que a minha vontade de acreditar na existência de Deus, de por um sentido para a minha existência me faça levantar bandeiras de que o que eu penso ou deduzo sejam verdades.
            As minhas dúvidas fazem de mim uma eterna aprendiz e não uma cética, uma descretente.
            Não acredito em respostas não questionáveis. Tudo o que é proveniente do ser humano, certamente, é passível de intervenções dos seus pontos de vista.
        Mesmo a palavra dita “de Deus”, que há na Bíblia, segundo a nossa crença ocidental, está passível de interpretações.
            A religião é, para mim, apenas uma comunidade onde buscamos o encontro e a harmonia com aqueles que creem semelhantes a nós, para somar a nossa energia interior e engrandecê-la, denominando fé.
            Não há religião certa ou errada. Só as atitudes das pessoas que a elas se agregam, principalmente dos seus dirigentes, podem ser julgadas.
            Cada religião representa efetivamente o nível espiritual em que se encontram os que a ela se agregam. Nem bom, nem ruim; nem certo, nem errado, apenas maior ou menor elevado, avaliando-se de acordo com os equívocos que manifestam com relação as atitudes que consideram agradar a Deus.
            Aos que carecem de religião é importante buscá-la. Não como uma fonte de verdades, mas como uma posssibilidade de encontro com os irmãos e de fortalecimento da sua energia espiritual.

sábado, 18 de setembro de 2010

DESAPARECIDOS

Olhando para as fotos de todas essas pessoas desaparecidas,  não conseguimos mensurar a dor de uma mãe, de um pai, parente ou amigo  que convive com a ausencia,  sem respostas, de um ente querido. O desespero de ver o anoitecer sem tê-lo de volta para casa.

É impossível não pensar sobre a crueldade humana. É doloroso refletir  sobre como pode haver pessoas que deliberadamente provoque a dor em outros semelhantes por atos ou por omissões.

Por outro lado, é reconfortante saber que há ainda muitas pessoas que se preocupam com os outros.

A esperança é o combustível que move a vida dessas pessoas que buscam os seus familiares.

Temos que nos ajudar, cada um deve fazer o que tiver ao seu alcance, Devemos buscar com vontade a sabedoria que ela nos mostrará uma forma de colaborar.

REFLETINDO SOBRE O MEU BLOG




Tenho refletido sobre esse espaço que eu criei, com ajuda da minha filha mais velha e com constantes colaborações das outras duas, para registrar as minhas ideias.

Meti-me com as ferramentas da informática, com a internet, porque reconheço seu grande potencial como canal de informações, novas aprendizagens e aproximação entre as pessoas.

Encontro muitas dificuldades, como a maioria da minha geração e das anteriores, que não nascemos na chamada “era da informática” ou conviveram com ela no período escolar.

Se há uma ilustração para exemplificar o termo “nunca é tarde para se aprender”, eu destaco uma grande amiga que, depois dos seus oitenta anos, já com dificuldades de locomoção, encontrou na internet uma alternativa para visitar as pessoas e receber visitas diárias dos amigos e famíliares. É muito interessante perceber a facilidade com que ela vem conseguindo se adaptar a esse “mundo virtual” em constante renovação. Ela tem sido um exemplo para todos nós.

Ainda refletindo sobre esse Blog, creio que como os demais blogueiros, gostaria muito que mais pessoas lessem e participassem. Acho que esse é o objetivo de um Blog. Sinto que o número de pessoas que visitam e comentam aqui é muito pouco.

Comentei isso com a minha filha mais velha e ela analisou que poderia ser pelo fato deste Blog não apresentar uma linha Única de pensamento, um tema centralizador.

Pensei sobre isso. Mas o que fazer se esse Blog é a minha cara? Eu sou assim mesmo, muito “vira-latas”, (Talvez esse devesse ser o nome do Blog. rsrsrs). Penso sobre tudo e gosto de refletir, aprender e discutir sobre uma infinidade de temas.

Não teria tempo para criar um Blog específico para minhas poesias; outro para discursos políticos;  outro para reflexão sobre a educação; outro para causos e relatos; etc.

Então, vai tudo aqui mesmo.

Aos poucos vou aprendendo com os novos amigos da internet, novas ferramentas para tornar o meu Blog melhor. Um “vira-latas”  mais organizado e mais sábio. Oxalá eu consiga!

domingo, 12 de setembro de 2010

DEMOCRACIA, BERÇO DOS DESMEMORIADOS.

Quando leio sobre a Ditadura Militar no Brasil tenho a impressão de que se eu fosse uma jovem daquela época, provavelmente, hoje não estaria aqui para contar história.

Mesmo em tempo de paz,  como professora, participei  ativamente de manifestações políticas; de caminhadas; acampamentos e até de ocupação de orgãos públicos para forçar negociações.

Hoje as minhas manifestações são amenas, resumem-se em externar aqui e ali, entre amigos; nas filas de bancos em mercados; etc,  o meu descontentamento com alguns governantes; com o preço da passagem de ônibus; com o descaso pela educação; e outras coisas. Somente isso.

Temo mais que tudo, a acomodação. Unir-me a  massa de adequados a uma democracia que, semelhante a “guerra fria”, utilizando um trocadilho, está mais para “ditadura fria”, sem confronto direto, com pressões e  imposições "travestidas" de sutilezas.

A passagem de ônibus aumenta, uns reclamam a sua própria sorte e fica tudo por isso mesmo.

Pessoas morrem pelos corredores de hospitais e só quando a classe médica resolve cruzar os braços, em greves, prejudicando-as mais ainda, elas conseguem ver alguma coisa melhorar nos hospitais, principalmente os salários dos médicos, o que não deixa de ser uma justiça.

Assaltos; seqüestros; roubos; mortes; tráficos; drogas; corrupção; impunidade... são termos com os quais aprendemos a conviver, com sentimento de impotência para encontrar solução para mudar essa realidade.

Período de eleição, os políticos visitam as comunidades, ouvem as necessidades do povo e fazem as suas promessas de representá-los e lutar por seus direitos. Terminada a campanha, não sabemos nem como encontrá-los mais.

Gente dormindo nas ruas;  gente comendo lixo; crianças abandonadas; crianças maltratadas; gente sem educação; alcoólatras; viciados; vendedores de votos; vendedores do próprio corpo, brasileiros, filhos da democracia, desmemoriados do poder de luta.

Semelhantes somos àqueles jovens que, sem nenhum trabalho, herdam os bens que custaram o suor e a vida de outrem. É necessário muita consciência para reconhecermos o seu valor e preservá-los. 

sábado, 11 de setembro de 2010

FILHA FILOSOFANDO

--- Mainha...?
--- Oi?
--- Você e painho vão ficar velhinhos?                                  
--- É claro que sim, querida.
--- Velhinhos de cabelos brancos?
--- Sim, meu bem.
--- E eu vou ficar sem pai e sem mãe é?
Neste momento observei comovida que ela estava chorando e percebi a profundidade daquela conversa que até então eu não havia dado tanta importância. Acreditei, pela sua reação, tratar-se de uma reflexão sobre a morte.Quiz , antes de dar uma resposta, saber a sua compreensão sobre o tema.
--- Por que, minha filha, você vai ficar sem pai e sem mãe?
Ela, do alto da sua sabedoria de três anos de idade, deu-me a explicação inusitada:
--- Porque velhinho e velhinha, é avô e avó !
                                                                                            

domingo, 5 de setembro de 2010

RESSINTO-ME

Por que escrevo?

Penso que escrever é por em códigos o que sente a alma.
Aos que decifram cabe as suas próprias impressões.
Não há sentido nos registros se não houver quem lê-los.
Inválido é  publicar o que importa somente a si.
Feliz aquele que consegue com as palavras indicar  a luz 
no caminho de alguém.
Bem aventurados os que se empenham em saber usá-las
 para praticar o bem.
Sabedoria há em enxergar nossos  limites e buscar fontes para ampliá-los.
Humildes são aqueles  que reconhecem alguns que estão acima da sua capacidade  e
fazem  destes o seu exemplo.
Ressinto-me de tantas vezes  que faltam-me as idéias.
E, ressinto-me, mais ainda, de tantos que ainda não despertaram o prazer na leitura.


A GRATIDÃO EM PODER AJUDAR



     Quando se ajuda alguém a sensação de gratidão experimentada é maior para quem teve a oportunidade de fazê-lo do que para o próprio ajudado.
     Esta história aconteceu há algum tempo, dentro do ônibus onde eu me encontrava a caminho da igreja para assistir a uma missa celebrada para a governadora do estado.
     Todos os funcionários foram liberados do trabalho na obrigação de comparecer ao evento. Isso me desagradava e eu refletia a respeito quando me dei conta que o transporte estava parado, em um local que não era ponto de ônibus e percebi que havia muitos gritos e movimentação logo mais à frente da cadeira em que eu me encontrava.
     Por impulso levantei-me e dirigi-me até lá. Havia uma jovem sentada com uma criança em seus braços que se debatia com um ataque epilético.
     Sem refletir muito, tomei a criança em meus braços, pedi para que todos se afastassem e desci com ela, seguida da jovem que era a sua mãe e de uma senhora que carregava algumas bolsas, a avó, como eu soube depois.
     Agindo ainda por impulso, fiz parar um carro que vinha logo atrás do ônibus, coloquei as mulheres dentro dele e entrei com a criança em meus braços solicitando ao motorista que nos prestasse socorro levando-nos ao hospital mais próximo imediatamente.
     Lembro-me da mãe desesperada, gritando que o seu filho estava morrendo e eu tentando acalmá-la dizendo que se tratava de uma reação ocasionada pela febre e que logo tudo ficaria bem.
     Chegando ao hospital, agradeci ao motorista, encaminhei a jovem mãe ao atendimento e me dirigi a avó para me despedir. Como esperado, esta se mostrou muito grata e emocionada e eu tanto quanto ela.
     Saí dali com uma sensação de missão cumprida, penso que se não fosse eu, qualquer um poderia ter agido de alugma forma, mas não dei tempo para esperar isso acontecer.
     Acho que é muito importante a gente nunca pensar que outra pessoa pode ajudar quando isto está ao nosso alcance.
     Quando finalmente cheguei na igreja encontrei as portas fechadas.
     Naquele momento me dei conta de que o tempo inteiro estava indo para uma casa de oração, de bençãos mas a minha indignação devido as circustâncias que me faziam ir lá não me deixara perceber isso e agora estava impedida de entrar.
     Hoje penso que o meu encontro com Deus se deu bem antes de chegar a “sua casa”.
Sempre que posso ajudar a alguma pessoa, agradeço a Deus esse merecimento.

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