As escolas públicas municipais e estaduais de todo Brasil, que possuem o programa federal Mais Educação, estão sendo desafiadas pelo atual governo federal, através do FNDE, no sentido de terem que elaborar refeições saudáveis e diversificadas no valor de R$ 0,30 a unidade. Repito. Cada refeição ao custo de R$ 0,30. As refeições servirão para alimentar os alunos do programa Mais Educação, que necessitam passar, no mínimo, 3 horas a mais que os alunos comuns, dentro ou nos arredores da escola, realizando atividades de suplementação educacional, cultural, recreativa e nutricional, como forma de minimizar suas carências.
Para refletir: Com o valor citado é possível comprar um pão com margarina numa padaria próximo a sua casa ou trabalho? Porque, em 2009, o governo federal pagou R$ 3,50 de diária para a alimentação de um preso e R$ 0,66 para cada aluno do programa federal Mais Educação? Será que investir em prevenção ainda não é prioridade para a maioria dos governantes? Espero que o presidente Lula, governadores e prefeitos fiquem sensibilizados nesse ano eleitoral corrijam o valor per capta da refeição escolar para valores adequados.
Se for do seu interesse contribuir com o melhoramento da alimentação da escola pública, aceite meu convite e realize algumas das ações a seguir. Mas, fique livre para desenvolver outras.
1) Repasse essa mensagem para pessoas capazes de ajudar;
2) Solicite de alguma forma aos chefes dos governos federal, estadual ou municipal para adequarem, ao menos associativamente, o valor da refeição do aluno de escola pública para R$ 1,00.
3) Elabore (e teste) uma ou mais receitas de refeição completa para 10 alunos (pra facilitar), com um custo de R$ 3,00 (10 alunos x R$ 0,30) ou de R$ 6,00 (10 x R$ 0,60).
Até final de abril, remeta sua receita, se possível, com áudio e/ou vídeo, com seus dados de identificação e contato, para a diretoria da Escola Municipal Professora Francisca Ferreira da Silva, via email: milttao@gmail.com. Coloque no campo assunto: Receita 030 ou 060. As 100 melhores receitas selecionadas serão postadas na plataforma virtual: União das Escolas Públicas do RN, que tem como endereço:www.unescolasrn.ning.com, visando socializar as informações com outras escolas interessadas. Tentaremos estimular a edição do material por algum portal famoso ou sua publicação com a ajuda do MEC ou de outro órgão governamental. A educação pública brasileira aguarda sua colaboração.
Um fraterno abraço.
Milton França Jr. (Milttão)
Educador e Gestor Escolar
2 comentários:
Não sou da área de educação e tampouco especialista em educação, mas como leigo nessas duas áreas de atuação, fiquei boquiaberto com um dado apresentado, qual seja: "o governo federal pagou R$ 3,50 de diária para a alimentação de um preso e R$ 0,66 para cada aluno do programa federal Mais Educação? Será que investir em prevenção ainda não é prioridade para a maioria dos governantes?" Esse questionamento é pertinente e também o é a reflexão que poderia ser feita por quem tem a responsabilidade de escolher nossos futuros governantes e representantes nos diversos parlamentos do país. Saber se eles também estão preocupados com a questão da alimentaçao dos presidiários em relação aos estudantes; se eles, que devem ter votado essa matéria ou analizado o programa de alimentação escolar do governo, se aprofundaram na questão da prevenção como prioridade, como muito bem colocou o autor do comentário acima. Sinceramente, não tenho palavras para descrever essa diferença entre presidiários e escolares. O que posso fazer é publicar essa postagem em meu blog, que tem chegado a gabinetes de vários parlamentares, que igualmente têm me enviado matéria, para que analizem essa questão, pertinente e preocupante, pois um programa importante como esse deveria ter um critério que possibilitasse realizar um trabalho diferenciado no quesito alimentação escolar. Não vejo como fazer, no entanto, com valores tão irrisórios, afinal de contas, apesar de não ser curricular, o programa faz parte da ação educacional/alimentar e deveria aquinhoar de forma mais equânime, pelo menos eqauiparando aos presidiários, ou então, no mínimo ser reajustado pela proposta feita na postagem acima. Afinal, que futuro queremos para nosso país???
Complementando meu comentário anterior, corrijo o inicio e onde se lê "Não sou da área de educação e tampouco especialista em educação", leia-se: "Não sou da área de educação e tampouco especialista em alimentação".
Abraços
Chimarrão
www.blogdochimarrao.blogspot.com
Bom Retiro do Sul/RS
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