quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A MAGIA DO ANO NOVO - FELIZ ANO NOVO

É incrivel como a passagem de ano mexe com a gente.
Talvez nada aconteça após o dia 31 de dezembro.
Certamente o  1º dia de 2011 amanhecerá  igual a todos os outros.
Mas não há como evitar a expectativa da mágica da “virada de ano”
Ano Novo renova as esperanças, os sonhos...
Reascende em nós a fé no amanhã, a fé em nós mesmos e a crença de que teremos novas oportunidades.
Não devemos esquecer que a força da magia está nas escolhas que faremos no próximo ano.
Mas vamos acreditar em um 2011 muito especial .
E será,  porque a energia que canalizamos através dos nossos desejos para o ano que se inicia moverá as nossas ações e atrairá as boas novas.
A magia do ano novo será real se nesse 2011 formos mais solidários com os nossos irmãos; mais sábios para compreender a vida e mais capazes de transformar  as experiências, boas ou ruins, em contribuição para a nossa evolução humana.
Esses são os meus desejos para todos os amigos e amigas que construi e os que conservei. Irmãos  que contribuiram com a magia do ano que finda e com os quais pretendo ter vários reencontros sob a magia do ano que se inicia.
Um abraço bem apertado.

domingo, 26 de dezembro de 2010

O MEU SONHO DE NATAL SE REALIZOU!

Na escola, o professor precisava de um exemplo para uma explicação sobre “árvore genealógica” e recorreu a mim. Solicitou-me que descrevesse a minha família.
 Iniciei, conforme pediu, com os meus avós. Ele acompanhava desenhando no quadro:
- Meus avós maternos geraram somente a minha mãe. Filha única.
- Meus avós paternos geraram o meu pai e o meu tio, este morreu solteiro, nunca casou.
- Meus pais se casaram e geraram eu e a minha irmã, separaram-se logo depois e não tivemos mais nenhum irmão.
- Acabou!!
- Não tenho tios, nem tias, nem primos, nem primas...
O professor sorriu, sem graça, desculpou-se e dirigiu-se a outro aluno para pedir o exemplo, a minha família não servia, era muito pequena para auxiliar na explicação.
Acho que foi a partir daí que o meu sonho começou.
Todos os natais, quando comemoravam somente eu, a minha mãe e a minha irmã, juntas a uma árvore feita de galho, coberta de algodão e enfeitadas de caixinhas de fósforos embrulhadas em papel de presentes, eu desejava um Natal melhor.
Sonhava com o Natal como aquele das revistas do meu avô: Com uma árvore em forma de pinheiro, cheia de luzes, bolas e enfeites de verdade e, principalmente, com uma família bem grande e feliz, sorrindo na foto.
Hoje, eu tenho.
A árvore genealógica agora é grande e continua crescendo. Tem também os “chegados” como Samuel e os amigos que estão sempre por aqui, passando dias com a gente.
A árvore de Natal também cresceu. Hoje é cheia de presentes  de verdade e cercada de alegria. Toda a família unida, com saúde e paz.
Tomara que neste Natal, os sonhos tenham se realizados também para muitas pessoas.

O meu sonho de natal se realizou!

A minha família agora: Eu, Ivana; a minha mãe, D. Ivanêz, a minha irmã,Lusinez, a quem eu chamo de Nega e mais: Enelyne, a minha filha mais velha ( Leo, seu namorado, que dá uma passadinha para desejar um feliz Natal); Emmyle, a filha do meio e Nagib, seu namorado; Elora, a filha mais nova que sempre traz Yasmim, a prima; Arissa, a minha sobrinha que vem com Rodrigo, o marido e o filhinho, Caio; Pablo, meu sobrinho , traz a noiva, Itaciana e Ariel, a minha sobrinha,vem com Rui, seu marido e com Pedro, o filhinho.
(Esta foto foi do Natal passado, esse ano não tiramos uma foto assim, tiramos várias, por toda a casa)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O QUE TE FAZ PROFESSORA?

Sabias que não há rosas
Sem espinhos na educação?
Pode haver instrumentos
que demarquem a carga horária
Mas educar é muito além do trabalho
 Demanda mais que empenho
Carece de emoção
Carinho e dedicação
Para isso não há invento
Capaz de tal medição
Ela se dá na consciência
E também no coração
 A nossa luta é histórica
 por  qualidade no trabalho
e melhor remuneração
Desmistificamos a idéia de que educar é missão
Mas, deve ter sempre em mente
quem escolher essa profissão
Somos luz na vida do outro
e isso não tem preço não

domingo, 19 de dezembro de 2010

O MEU FRÁGIL CONHECIMENTO

As vezes invejo as pessoas que escrevem muito bem e que conseguem em seus escritos, ou mesmo em discursos orais, citar, de memória, expressões providenciais  de outros autores para ilustrar as suas idéias.
Reflito porque ainda não alcancei esse mérito.
Penso, talvez  eu não tenha ainda tantas leituras e tantos estudos como tais.
Sendo isso, conformo-me e o que posso fazer além de admirá-las é esforçar-me para aproximar-me desse patamar.
Do contrário, estranho essa minha forma de aprender.
Os conhecimentos que obtenho parece-me que entranham em mim e invisivelmente compõem a minha pessoa, dessa forma, quando escrevo ou falo eles transparecem, todavia, não consigo a clareza de lembrar de livros que já li, de palavras e citações de pessoas a quem ouvi.
Lamento essa minha deficiência, mas não sou ingrata, agradeço por tudo o que absorvi e pelo bom senso que me leva a colocar o meu aprendizado a favor dos outros.
 Tomara que o todo o conhecimento que eu possa adquirir seja sempre do tamanho da minha humildade e que eu tenha cada vez mais sabedoria para discernir sobre isto.

PS. A propósito, gostaria de citar aqui algumas sábias palavras que li, não tenham a ilusão de que as decorei, apenas fiz Ctrl C, Ctrl V.

“As pessoas costumam colocar seu sofrimento acima de tudo, parece que o supervalorizam. Há pessoas que se esquecem de quantos irmãos seus sofrem nesse planeta, dores às vezes muito piores do que a sua. É certo que fazer comparações não é uma boa pedida. Mas, se nós nos dispusermos a examinar a dor que nos aflige tendo em mente a dor de outras pessoas, nós a avaliaremos em sua grandeza exata.”
 Maria do Carmo Junqueira Avelar em

" A doença não é um mal em si; sua função, muitas vezes, é de fazer progredir as pessoas. Quando essa função é mais importante, a doença não tem cura; pode ter alívio, mas não solução final. Esta só acontecerá em momento que desconhecemos."

sábado, 18 de dezembro de 2010

EU NÃO ME BASTO

TENTO ENTENDER DEUS
SE FOSSE EU UM ATEU
SERIA BEM  MAIS FELIZ

CONTENTARIA-ME COMIGO APENAS
AFIRMARIA QUE DEUS NÃO EXISTIA
E  DEUS
FALTA NUNCA NÃO ME FARIA

NAS HORAS DE TRISTEZA
 ANGÚSTIA
 OU AGONIA
SE NÃO HOUVESSE GENTE À ME SOCORRER
DE MIM SOMENTE ME VALIA


SEM DEUS
 EU ME BASTARIA

MAS ASSIM  NÃO SOU
COMPREENDO A MINHA FORÇA
O MEU PODER INTERIOR
VALHO-ME DELA SEMPRE QUE PRECISO
PORÉM  HÁ MOMENTOS DECISIVOS
QUE MEU EU NÃO SATISFAZ
BUSCO UM SER SUPERIOR

SOU GRATA A MIM POR MUITAS COISAS
ORGULHO-ME DA CAPACIDADE QUE SOU
MAS HÁ COISAS NESSA VIDA
QUE ESTÃO ALÉM DO MEU MERECIMENTO
INDEPEDEM DOS MEUS ATOS E PENSAMENTOS
FOGEM DOS COMANDOS MEUS

NESSAS HORAS EU NÃO ME BASTO
NÃO ME SINTO SUFICIENTE
CAREÇO ENTÃO DE DEUS

domingo, 12 de dezembro de 2010

A AUSÊNCIA DA MINHA FÉ

A idade avança e a medida em que o tempo imprime no corpo as mudanças é inevitável meditar sobre o fim.

 Reflito sobre este corpo hospedeiro que funciona como máquina recebendo no cérebro o meu comando.

E sobre mim, comandante desta máquina que ainda tanto desconheço, mas que por sorte tem me obedecido tão bem.

Embora, já iniciando os sinais inevitáveis de seu desgaste.

Penso: O que será de mim quando esta máquina se extinguir e virar pó?

Eu que nem pó serei.

O que será dos conhecimentos que com tanto empenho acumulei?

Chego as vezes a lamento o desperdício de haver nascido e  reproduzido outras vidas.

Sinto tanta falta da fé que ajudo a construir nos outros.

Esta minha ausência de fé jamais revelada ou transparecida quando no empenho de acudir a alguém.

Tantas vezes eu própria me admirei em servir de luz quando ainda estou mergulhada na escuridão.

A minha vontade de crer numa razão inteligente para minha existência é tamanha, que se compara as razões que eu encontro para duvidar dela.

Talvez eu já  tenha construído bons conhecimentos mas não encontrei ainda  a fonte da minha fé.

Invejo aquela gente simples que vive tão bem na sua fé inquestionável.

Ou daqueles que a inteligência conduziu à fé.

Estou eu, aqui, com os tantos conflitos.

Talvez  chegue o fim da máquina que me abriga sem que eu alcance as respostas para a razão da minha existência.

Todavia, enquanto este corpo me atender colocarei-o a disposição de encontrar tal razão.

E enquanto não a encontrar,  justifico-me  estar qui para servir de luz e bálsamo àqueles que cruzarem o meu caminho durante a  jornada.


A ÁRDUA TAREFA DE EDUCAR OS FILHOS

              ELORA (15), EMMYLE (17) e ENELYNE (20)

Exercer a autoridade de mãe ou de pai sem autoritarismo não é tarefa fácil.
Mas não devemos nos iludir e considerar a possibilidade de conseguir educar  hoje “como antigamente”, quando a palavra do pai ou da mãe, principalmente do pai, era lei, incontestável.
A humanidade se encaminha para um caminho sem volta da democracia em todos os aspectos sociais e políticos, inclusive na comunidade social chamada família.
O ponto positivo é que os pais ao estabelecer regras e normas de condutas para seus filhos não se firma simplesmente naquele discurso antigo: “ - Porque eu quero que seja assim e pronto!” baseia-se agora em reflexões a cerca dos motivos e das consequeências para tais decisões, que são externadas e discutidas com os mesmos.
Esse mesmo discurso ditador dos pais também fundamentava uma prática muito comum na educação: “ – Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.” E hoje, por mais  que percebarmos  extremamente inconcebível  isso, era naturamente aceito nas relações entre pais e filhos.
Agora, os pais se preocupam em serem exemplos para dar crédito aos seus discursos educacionais, caso contrário estará fadado ao fracasso.
A humanidade está descobrindo que o diálogo é a única arma confiável para resolver conflitos. Embora não seja infalível posto que vários outros fatores interferem nesse relacionamento. Mas dialogar é a única forma saudável e não traumática de chegar a um concenso.
E o que fazer quando o filho ainda não tem maturidade para compreender as razões que só os seus pais, graças as exeriências vividas, adquiriram?
Ai, vai valer muito a confiança que os pais conseguiram conquistar. Seu filho precisa acreditar que você está correto em determinada decisão ou atitude que para ele, agora, parece não haver uma razão óbvia.
Nada fácil, com certeza não. Chega as vezes até ser desgastante. Assim como é  ensinar qualquer coisa. Ensinar a viver requer muita paciência.  A ideia dos frutos futuros devem justificar o árduo trabalho para cultivar o solo no presente.
Na relação baseada no diálogo pode haver conflitos mas dificilmente haverá traição. Os filhos pensarão duas vezes antes de mentir ou de desobedecer as determinações dos pais.
Ninguém tem a receita ou o manual de instruções para educar os filhos. Sabedoria, é o que precisamos buscar e esta necessita   de um tempo para se construir.
O tempo da Sabedoria é relativo ao ritmo de cada pessoa, conforme as suas próprias experiências de vida e inteiramente dependente da nossa humildade em querer aprender.
 Os equívocos que cometemos nessa construção não são erros, mas tentativas de acertar.Eles não fazem de nós fracassados mas dão outro tipo de lição aos nosso filhos, de que somos humanos, passíveis de enganos e fraquezas como todo mundo.
No fim de tudo, educar os filhos e aprender com eles são conjugações de um único verbo: amar.

sábado, 4 de dezembro de 2010

ESTOU DE VOLTA

Estive longe
Longe de mim
Perdida na dura tarefa
de tentar sobreviver
Ganhei cansaço
Cabelos brancos
E desilusões
Estou de volta
Não tão inteira
Juntando os cacos
Pisando leve
Reaprendendo a confiar
Que há sempre uma razão
para tudo acontecer


sábado, 20 de novembro de 2010

FESTIVAL DE CINEMA DE NATAL

Quem sabia que em Natal estava acontecendo o 20º FESTIVAL DE CINEMA?
Quase ninguém.
E não poderiam porque não houve divulgação nas grandes mídias.
O evento encerrou ontem e hoje está tendo a  exibição do filme vencedor do festival  que foi OLHOS AZUIS, em uma das salas de cinema do Praia Shopping, com uma  entrada de apenas R$1,00.
Os Natalenses foram privados de assistir a filmes nacionais de excelente qualidade.
É vergonhoso esclarecer aqui que isso se deve a falta de compromisso político dos nossos governantes com a Cultura e com a divulgação da nossa cidade.
Devo dizer que eu só fiquei sabendo do festival porque a minha filha estava trabalhando nele.
E com muita tristeza também devo dizer que só eu e a minha mãe estávamos hoje na sala do cinema assistindo ao filme na sessão das 14:20 horas.
Fomos privilegiadas, pois considerei que este foi um dos melhores filmes que eu já assisti.
É notório que o Brasil ultimamente  tem feito filmes de excelente qualidade, capaz de concorrer de igual para igual com qualquer país.
O filme que foi vencedor do 20º FESTIVAL DE CINEMA DE NATAL me encantou pelas imagens; pela atuação primorosa dos atores; pela história do filme; pela reflexão que ele permite a respeito da condição humana e às vezes desumana das pessoas.  Mostra a realidade de países, como os EUA e de pessoas que se acham melhores que as outras. O filme me emocionou. Achei-o simplesmente belo.

 OLHOS AZUIS tem a duração 105 minutos; a direção de José Joffily; Produção de  José Joffily e Heloísa Rezende. O Elenco principal é David Rasche , ator americano que interpreta Mashal, o policial chefe do setor de imigração dos EUA; Irandhir Santos, do elenco de Tropa de Elite 2, que neste interpreta o papel de um professor discriminado e assassinado pela equipe de polícia americana e Cristina Lago, uma atriz que dá um banho de interpretação vivendo o papel de uma jovem prostituta brasileira que auxilia o policial na sua última missão de se redimir da culpa de haver destruído a vida de várias pessoas.

Não poderia deixar de registrar aqui as palavras de VALÉRIO ANDRADE, Diretor Geral do FESTNATAL transcritas do Blog  http://cinepotiguar.wordpress.com/category/festival-de-cinema/. Um desabafo retirado de um texto que ele intitulou “ E O VENTO NÃO LEVOU “.
“... O que é totalmente injustificável,  perante a classe artística nacional, é que após 23 de existência, e de ser o mais antigo do Nordeste e o quarto (em continuidade o) mais antigo do Brasil, o FestNatal ainda não tenha merecido o patrocínio permanente do Governo do Estado e da Prefeitura do Natal.
Ao contrário do que ocorreu em outros festivais, e não apenas nos do Rio de Janeiro e de Gramado, a participação local sempre ficou a mercê da boa ou da má vontade dos governantes.  A trajetória do FestNatal no Governo do Estado foi idêntica a da Prefeitura de Natal. Com Wilma prefeita, quando houve, o apoio foi simbólico. Com Carlos Eduardo, a participação seria efetiva. Na administração de Micarla, a esperança nascida em 2009 transformou-se em desesperança em 2010.
 Garibaldi Filho, como de hábito, foi o único político do Rio Grande do Norte que defendeu o FestNatal na corte de Brasília.”

 Quem tiver interesse em saber mais sobre o filme e sobre o festival, felizmente há vários Blogs que divulgaram a respeito. Aqui tem a lista de alguns.
www.bobflash.com.br/natal/.../FESTIVAL-DE-CINEMA-DE-NATAL-20º-FESTNATAL--1º-DIA.html

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

UM GATINHO ABANDONADO

Estava no carro, vindo do trabalho quando a minha filha liga comunicando que encontrou um gatinho cego, abandonado. Perguntou o que deveria fazer. A única coisa que eu tinha certeza era de que não poderíamos devolvê-lo para o abandono.

Não sei o que fazer com ele. A minha casa é pequena, quase um apartamento, sem quintal e sem jardim. 

Neste momento temos duas gatas (a Nega e a Branca) que também seriam abandonadas se não as tivéssemos acolhido. Tem, ainda, a Gigele com seus quatro cachorrinhos. É bicho demais para pouco espaço e para uma casa onde todo mundo passa o dia inteiro fora.

O meu desejo era que aparecesse alguém que quisesse cuidar dele e cria-lo. Sei que isso é muito difícil, é preciso ser uma pessoa muito sensível para se propor a isso.

Hoje as meninas levaram-no em um Pet shop e mostram-no para o veterinário que estava lá, ele informou que o gatinho não é cego, mas que está com uma infecção forte, que precisa ser tratada. Prescreveu uns remédios.

Tenho receio que possa pegar nos filhotinhos de Gigele. Ele garantiu que não passa para cachorros nem para gente. Mas tem as gatas, também.

Tentamos pedir ajuda ao Zoonozes e a informação que recebemos foi de que se levarmos ele para lá será para o sacrifício. Lá não trata, apenas mata.

O que eu faço?

O meu prazer era vê-lo lindo, tratado, bem cuidado e feliz.

                                                     (foto retirada do site  Free2use-it.com)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

HOJE PLANTEI UMA ÁRVORE

Eu já ouvi falar muito sobre o simbolismo desse gesto, plantar uma árvore, mas não havia me dado conta ainda da sensação de fazê-lo.
Penso que empenhar-se em plantar uma árvore e, principalmente, compreender o significado dessa atitude está inteiramente ligado a condição de amadurecer.
Sempre adorei árvores. Criei-me sob mangueiras e tantas outras frutíferas do sítio do meu avô. Quando criança, pareciam-me que elas já haviam nascido assim, grandes e dando frutos. Não refletia sobre o trabalho que meu avô havia dispensado para alcançar aquela paisagem.
Cresci e, quando mais jovem, admirava as casas cheias de plantas, protegidas e embelezadas pelas sombras de árvores. Era meu desejo possuir casas e árvores, assim.
Adulta, compreendi, que casa se conquista á duras penas, ás custas de muito trabalho e perseverança. Aprendi que árvores, carecem também de perseverança, que precisamos enxergar em uma  plantinha que tanta atenção e tanto trabalho requer, um futuro de sombra e frutos.
Confirmei a mim mesma que amadureci. Refleti que neste ano, além de um coqueiro e, hoje, um pé de Pau Brasil,  já plantei  na escola em que trabalho, com ajuda de alguns amigos, outro Pau Brasil; três coqueiros; um pé de pitanga; um pé de acerola; um pé de graviola; um pé de pinha e uma goiabeira.
Sinto-me plenamente realizada em olhar para as árvores que plantei e aguardar pacientemente que cresçam, aproveitando cada estágio dessa evolução como resultado do meu empenho.
Voltando ao simbolismo, já tenho filhas, plantei árvores e escrevi livros. Só me resta publicá-los, esse é um outro estágio de perseverança (e ousadia) que pretendo me empenhar futuramente.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

QUEM NÃO SE APAIXONA POR BEBÊS?


Como qualquer mãe, quando Gigele apareceu grávida fiquei muito preocupada.
Quando ela estava parindo fiquei muito apreensiva e com dó do seu sofrimento.
Como qualquer avó, quando os bebês nasceram fiquei babando.
Quando abriram os olhinhos, quando começaram a ensaiar os passinhos, os gritinhos deles aprendendo a latir e  cada novidade  que aparece é uma curtição aqui em casa.
Só fico pensando quando chegar o dia em que vamos ter que doá-los.
Estamos tentando escolher pessoas que amem animais e sejam muito cuidadosas.
Quero acompanhar de longe o crescimento e o futuro dos meus netinhos.
Eles são as coisas mais fofinhas desse mundo. Vejam:

sábado, 6 de novembro de 2010

UMA VISITA DESESPERADA CHAMADA SAMUEL

             Esta é a segunda vez que ele vem passar o final de semana na minha casa. Quando o trouxe pela primeira vez a minha preocupação era de que chorasse sentindo a falta da mãe. Logo descobri que o problema seria o de conseguir convencê-lo a voltar para a sua casa.
            Samuel é filho de uma amiga de trabalho, tem cinco anos, é uma gracinha, de cor morena, cabelinho bem curtinho e no sorriso, um dentinho quebrado.
            Mesmo antes de vir para cá, todo mundo já o conhecia através das histórias que eu contava dele.
            Enquanto a sua mãe trabalha fazendo a limpeza na escola, Samuel é visita frequente na direção. Algumas vezes me atrapalha, mas na maioria é uma alegria. Apaixonado por livros, sempre chega de mansinho com aquela pergunta: - Tu sabe ler? – E lá vou eu ler alguma coisa para ele. Quando estou muito ocupada tiro um livro da estante e o entrego para que “leia” sozinho. O problema é que essa “pseudo-leitura” é muito rápida e logo está de volta pedindo outro livro.
            Numa dessas dinâmicas de leitura, já depois do terceiro ou quarto livro lido em menos de cinco minutos, eu fui firme com ele: - Você agora vai levar esse livro que se chama Bíblia Infantil. É um livro grosso e tem muita coisa para ler, terá que demorar bastante tempo.
            Não deu dois minutos, lá estava Samuel de volta com o livro, pedindo para trocá-lo, pois, segundo ele, já o havia lido “todinho”.
            Resolvida a desmascará-lo, interroguei: - Se é verdade que leu mesmo toda a Bíblia, então me diga o que aconteceu com São João? – De imediato ele me deu uma resposta precisa: - Ah, com São João, a coisa toda pegou fogo!
           Assim é o Samuel que hoje voltou pra sua casa, mais uma vez, dando um escândalo. Estou aqui morrendo de pena e de saudades. 

domingo, 31 de outubro de 2010

POR QUE VIVER AINDA VALE A PENA

Muitas vezes a realidade entristece tanto os nossos corações. Parece que todos os cantos para onde olhamos enxergamos violência, egoísmo, covardia e sofrimento. Chegamos até a refletir se realmente vale a pena viver nesse mundo.
É realmente verdade tudo isso, porém, é necessário que voltemos novamente o olhar, dessa vez com mais discernimento e lá, nesses mesmos lugares onde enxergamos essas coisas, iremos enxergar pessoas que doam a sua vida para acolher, apaziguar, cuidar, auxiliar... São como flores que brotam entre as pedras.
Esses exemplos de vida nos permite responder que sim, ainda vale a pena viver nesse mundo.
“Amar o próximo, como a ti mesmo” é o que essas pessoas procuram fazer.
Algumas vezes esse amor se expressa em pequenos gestos de ajuda, mas algumas pessoas não se contentam apenas em fazer isso vão mais longe, criam instituições; participam como voluntárias em programas de ajuda, em asilos, orfanatos, hospitais; fazem campanhas para auxiliar os outros e encontram tantas outras formas de amar incondicionalmente.
Sempre me encantei com esse tipo de gente. Esse deve ser verdadeiramente o “sal do mundo” do qual falava o sábio nazareno.
E o que dizer daquelas pessoas que conseguem enxergar o seu próximo também em um animal de rua, em um bicho que sofre maus tratos do ser humano, em bichinhos às vezes sujos, doentes, debilitados, onde ninguém mais enxerga beleza?
Essas pessoas são a razão para nos fazer acreditar que servir deve ser um bom motivo para continuar vivendo nesse mundo.

 Conheça um desses exemplos:
http://bichinhosprecisamdelar.blogspot.com/

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

QUEM DEFENDE O ALUNO?

Nesta última terça-feira, 19 de outubro, assisti a uma palestra  proferida por Dr Sasha Alves do Amaral. (Promotor Coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Infância e da Juventude). Excelende orador, o Dr. Sasha discorreu sobre as leis e instituições de proteção ás crianças e os jovens. Falou também sobre o papel da família, da escola e da justiça na promoção do atendimento às necessidades  e aos direitos destas crianças e jovens.

Terminada a apresentação do palestrante foi aberto o espaço para quem quizese fazer perguntas. Aproveitei a oportunidade e fiz duas perguntas, uma delas foi aplaudida por todos presentes, compreendo que pelo fato de sofrerem a mesma inquietação por tal injustiça que vem sendo praticada há muito tempo nas escolas públicas. Socializo aqui a pergunta para refletirmos juntos.

Segue o texto da pergunta:

“ SOU PROFESSORA, ATUALMENTE ESTOU DIRETORA DE UM CENTRO INFANTIL, MAS, NESSE MOMENTO, GOSTARIA DE ME COLOCAR QUI NO PAPEL DE MÃE DE ALUNO.

TENHO CONHECIMENTO DE QUE NAS ESCOLAS PRIVADAS NÃO HÁ UM DIA NO CALENDÁRIO LETIVO QUE NÃO SEJA DEVIDAMENTE CUMPRIDO. ATÉ OS ‘IMPRENSADOS’ SÃO NEGOCIADOS E PAGOS.

PERGUNTO:

SABENDO QUE NA ESCOLA PÚBLICA AS AULAS SÃO SUSPENSAS SE O PROFESSOR ADOECER; SE FALTAR ÁGUA; SE FALTAR MERENDA; SE TIVER REFORMA; SE CHOVER MUITO; SE FOR VÉSPERA DE FERIADO; SE FOR CARNATAL;  SE TIVER ASSEMBLÉIAS NO SINDICATO; SE TIVER MOBILIZAÇÕES; SE HOVER REUNIÕES CONVOCADAS ÀS PRESSAS PELA SECRE TARIA; ...

E, QUE NOS CASOS CITADOS, O PROFESSOR SE VÊ NO DIREITO DE SE EXIMIR DA OBRIGAÇÃO DE REPOR AS AULAS, JÁ QUE NÃO FOI ELE O CAUSADOR DOS TRANSTORNOS, COMO FICA ENTÃO ASSEGURADO O DIREITO DO MEU FILHO ESTUDAR, ASSEGURADO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E NA LEI DE DIRETRISES E BASES DA EDUCAÇÃO QUE LHES GARANTE 200 DIAS LETIVOS, NO MÍNIMO, AO ANO? “

                A resposta dada pelo mesmo foi que seria o caso de denunciar à Promotoria da Infância e da Juventude.

                Porém, todos nós sabemos que a solução efetiva não está no juridico e sim na consciência dos educadores (professores, direção, Sindicato e Secretaria), se cada um fizesse realmente a sua parte, cumprisse o seu dever, o direito do aluno estaria preservado.

 (Ref. Foto dos alunos da Educação Infantil da Escola Municipal Profª Ivonete Maciel, 2007).

sábado, 16 de outubro de 2010

O QUE GIGELE E EU TEMOS A VER COM OS CARROCEIROS?

Tenho uma cachorra viralata chamada Gigele. Por descuido, ficou prenha. Tiramos uma radiografia hoje dela e descobrimos que está bem perto de dar a luz a meia duzia de filhotes. Deus tenha misericórdia dela e de mim. Não sei o que vou fazer com tantos cachorros.

Na clínica, enquanto aguardava a veterinária, encontrei no balcão um abaixo-assinado de uma ONG de proteção de animais, a AU.QUE.MIA, solicitando a proibição do uso de carroças pelas ruas da nossa cidade.

O texto era muito esclarecedor e convincente, falava dos mal tratos aplicados aos animais para forçá-los a carregar pesadas cargas; da situação degradante que se auto-impôem essas pessoas, fuçando os lixos alheios; da desumanidade e descumprimento da lei quando crianças acompanham os adultos nessa atividade, apregoando ter um futuro igual  e outros pontos que tais quais esses não deixam dúvidas que é urgente a tomada de providências do governo municipal para devolver a dignidade dessas pessoas; os direitos dessas crianças e a proteção desses animais.

O texto lembrava também da imagem da cidade diante dos turistas que virão por ocasião da Copa do Mundo em 2014.

Convenci-me de imediato e assinei o tal documento. Torço para que mais pessoas também o faça e que as providências realmente sejam tomadas. Lembrei-me o quanto me incomoda realmente ver tantas carroças nas ruas e tantas pessoas se sujeitando a viver do lixo. 
Reciclar lixo deveria ser uma atividade organizada pelo governo, orientada, remunerada e fiscalizada. Ao contrário, sobrevive na marginalização, semelhante aos que pastoram ou  limpam os vidros dos carros  em troca de moedas, chamando isso de trabalho.

Lembrei-me também das contradições que a vida nos conduz, há pouco tempo atrás estava eu participando de outra campanha para ajudar uma senhora a comprar uma carroça, pois tivera a sua roubada e eu discursava sobre a importãncia da carroça como instrumento de trabalho.
Infelizmente, ainda não pode ser diferente. Ainda não há alternativas para essas pessoas. Mas assim como eu passei  por uma mudança no meu modo de pensar, muitas outras coisas podem mudar. Só precisa de um início.

Precisamos acreditar e buscarmos alternativas para dar a nossa contribuição. Estou fazendo a minha parte aqui. Com certeza sou capaz de fazer muito mais que isso, basta eu ir atrás. E eu vou. Vamos?

(Veja íntegra o texto do abaixo-assinado e aproveite para assinar também.
PS. Agora, vou ver Gigele, acho que já estão nascendo os cachorrinhos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

... E TORNEI-ME PROFESSORA

Não era esse o meu sonho
Nem nasci com esse dom
Como querem desenhar
Era uma jovem imatura
Cuja realidade dura
Pouco havia para sonhar
Foi a única porta aberta
E eu resolvi entrar
Não foi uma descoberta
Mas, um plano a se realizar
Ensinei a jovens como eu
Sem saber como ensinar
Mais aprendi que ensinei
Em algumas acertei
Principalmente em amar
Descobri nisso a nobreza
Da arte de educar
A razão para a minha vida
Um motivo para sonhar
Nos braços do conhecimento
Entreguei-me com ardor
E hoje a maior benção recebida
É dizer-me professora
Reconhecer o meu valor
É olhar para o meu aluno
 Jovem, adulto ou criança
E ver nele a esperança
De  construir um mundo de amor

DOCES LEMBRANÇAS




quarta-feira, 13 de outubro de 2010

POEMA PARA MARIA JOSÉ




Ah Maria

Se tal qual a outra

Maria nasceste tu

Maria mãe da vida

Maria mãe da dor

Maria de tantas vitórias

Maria mãe de Jesus

Em José te completas

Maria família plena

Maria José és Luz

Nas dores nada temas

Confies e creias apenas

 É o filho quem te conduz



terça-feira, 12 de outubro de 2010

COMO O MUNDO TEM ACOLHIDO AS CRIANÇAS?

“DEIXAI VIR A MIM AS CRIANÇAS 
POIS DELAS É O REINO DOS CÉUS”

Ah se neste dia, 12 de outubro, os brinquedos não faltassem a nenhuma criança!

Quem dera todas as crianças do mundo fossem filhas do amor;  que as ruas, o despreso e os maus tratos nunca fossem a sua realidade.

Que nunca lhes faltasse a escola e que lá fosse sempre um lugar lindo, mágico, de encontro com os amigos, com os livros, com as maravilhas de coisas e idéias criadas pela humanidade e, principalmente, com o(a) professor(a), cuja lembrança levaria para sempre, com muito carinho, na sua jornada para tornar-se gente grande.

Que todas as leis que garantem os seus direitos nem precisassem existir pois criança seria um ser sagrado, jamais negligenciado, violentado ou despresado.

Que, se um dia a criança caisse doente ou simplesmente por necessidade de prevenção, tivesse sempre e imediato à sua disposição os melhores hospitais e atendimentos médicos.

Que todas as crianças dormissem tranquilas no aconchego de um lar, limpo e saudável e que ao acordar tivessem sempre o alimento que necessitam para crescer com saúde.

Que todo adulto ao olhar para qualquer criança enxergasse nela seu(a) filho(a). Pois nunca saberemos verdadeiramente os mistérios que envolvem a nossa existência.

Que os nossos pensamentos por um mundo melhor para as crianças tornassem-se desejos e que os nossos desejos se tornassem-se ação

(Ref. a foto são das crianças do CMEI Saturnina Alves - Natal/RN)

sábado, 9 de outubro de 2010

SOU PROFESSORA E ESTES SÃO OS MEUS MEDOS

·         TEMO QUE  AO INVÉS DE ORGULHO, O MEU ESFORÇO PARA GARANTIR A ASCENÇÃO DO PRÓXIMO, ALIMENTE A IDÉIA DE QUE SOU ULTRAPASSADA.

·         TEMO QUE A INGRATIDÃO COM A MINHA PROFISSÃO TORNE-ME UMA CÉTICA DO MEU PRÓPRIO VALOR


·         TEMO QUE OS ESFORÇO PARA EXIGIR MEUS DIREITOS ENDUREÇA O MEU CORAÇÃO E EU OS DEFENDA AINDA QUE INFLIJA OS DIREITOS DA CRIANÇA.

·         TEMO QUE A LUTA PELO RECONHECIMENTO DA MINHA PROFISSÃO OFUSQUE O MEU ENTENDIMENTO QUE EDUCAR É ANTES DE TUDO UMA MISSÃO.


·         TEMO QUE DE TANTO SER EXIGIDA SEM AS DEVIDAS RECOMPENSAS EU PERCA O AMOR POR ENSINAR.

·         TEMO  QUE AFIRMAR SOU PROFESSORA DESPERTE NOS OUTROS COMPAIXÃO AO IVÉS DE ADMIRAÇÃO.

·         TEMO QUE A CADA GERAÇÃO, NOS VALORES REPASSADOS PELAS FAMÍLIAS, TORNE-SE MENOR O RESPEITO DOS ALUNOS PELO MESTRE.

·         TEMO UM DIA PERDER O ENCANTO DE EDUCAR, SERÁ O MESMO QUE DESISTIR DA VIDA.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...