Alunos do CMEI Saturnina Alves |
O feriado do dia 12 de outubro, dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, acaba sempre ofuscado por outra comemoração: O dia das crianças. É muito comum ouvir os desavisados que proclamam ser "o feriado do dia das crianças”.
Com todo o respeito que tenho aos católicos e com o reconhecimento do valor que uma religião tem para fundamentar eticamente a vida de muitas pessoas, assim como para dar sentido a existência das mesmas, não vejo motivo para impor a um país cheio de credos e religiões diversificadas, uma comemoração de uma religião em particular.
Todavia, a importância de refletir sobre as nossas crianças é realmente pertinente neste dia, embora o seja também em todos os outros dias.
A Declaração dos Direitos da Criança, documento, adotado pela ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS de 20 de novembro de 1959, fiscalizado pela UNICEF (Organismo unicelular da ONU, criado com o fim de integrar as crianças na sociedade e zelar pelo seu convívio e interação social, cultural e até financeiro conforme o caso, dando-lhes condições de sobrevivência até a sua adolescência), traduz com precisão as condições que deveriam ser garantidas a toda criança.
Assim, cada vez que encontrarmos uma criança abandonada, dormindo nas ruas, pedindo esmolas nos sinais de trânsito, usando drogas, roubando, matando, sendo violentada, maltratada por pais e responsáveis, sem escola, sem brinquedos, sem carinho, sem assistência médica adequada..., devemos questionar – O que eu tenho feito para mudar esse quadro? Qual tem sido a minha contribuição para que os Direitos da Criança sejam cumpridos? Ou, Será que eu tenho alguma coisa a ver com isso?
Muitas pessoas isentam a sua consciência dessa obrigação, atribuindo tudo à competência dos políticos e governantes somente. Acreditam ou agem com a convicção de que a si cabe apenas a obrigação com os seus próprios filhos.
Imaginemos como seria o mundo se todo adulto assumisse para si o papel de defensor, em potencial, das crianças, dos idosos, dos animais e de qualquer ser que se apresentasse em condição de indefeso.
Quando assim for, todo feriado da padroeira, teremos motivos verdadeiramente “divinos” para comemorar, pois não haverá uma criança sequer que não goze dos seus direitos declarados.
Princípio I - À igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade.
Princípio II - Direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social.
Princípio III - Direito a um nome e a uma nacionalidade.
Princípio IV - Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe.
Princípio V - Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente.
Princípio VI - Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.
Princípio VII - Direito á educação gratuita e ao lazer infantil.
Princípio VIII - Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes.
Princípio IX - Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho.
Princípio X - Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.
Fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/Declara%C3%A7%C3%A3o_Universal_dos_Direitos_da_Crian%C3%A7a
3 comentários:
É amiga essa é uma questão gritante que precisa ser vista como voce dis no seu lindo texto, não só pelos politicos mas por todo cidadão de bom senço. Se assim fosse não teria tanta criança jogada nas drogas e na prostituição.
O mais trite é que tem pais colocando os proprios filhos para a pratica do crime.
Paraben s pele seu belo texto
Obrigada mpor me avisar.
Um gde abraço
Oi, amiga linda!
Você como sempre colocando assuntos tão sérios e importante pra todos...deveria ser, mas infelizmente não é isso que acontece. A realidade é que hoje chega a ser utopia o desejo de uma sociedade mais justa,menos perversa e realmente não se trata só de iniciativas de governos não, se cada um de nós se imbuisse pelo menos do desejo de ser solidário, com certeza não teríamos tanta miséria em nossa sociedade...
Parabéns querida pelo texto bastante convidativo a pensarmos;tenho que fazer também alguma coisa ou posso fazer um pouco mais." Um grande bj e adorei o visual do blog. SHOW. Xêruuuuuu
Concordo que esse feriado nacional comemorativo a padroeira do Brasil, tenha sido realmente ofuscado pelo tão "reconhecido" dia da criança. Esse, por sua vez tomou uma esfera maior de atenção, pois ele resulta em grandes lucros para o comércio, e é isso que rege o nosso mundo atual. É capitalismo, lucro, poder e ganância. O verdadeiro valor que se deve dar, não só a criança, mas tbm a comemoração religiosa, já que estamos em um país que se diz democrático- por isso respeitamos todas as religiões, ainda que não concordemos com elas- teria que ser um valor substancial, onde os direitos e os deveres das crianças e dos fiéis, pudessem ser executados. E vc percebe isso no cotidiano, qdo passa o fervor da festa e dos gastos, tudo volta ao normal, como se essas classes só teem que ser lembradas nesse dia x.
WALDIRA E RUI DE BEM COM A VIDA comentou:-É impressionante como o homem tem perdido o foco das coisas, o valor que tem que se dar às pessoas são trocados por lucros temporários, comércio. Meu Deus!!!! É a realidade.
Então, é por isso que 12 de outubro no Brasil, é mais reconnhecido pelo "Dia da Criança" do que pela "Senhora Aparecida". Aquele produz um lucro maior.
Bjo Ivaninha!!!!!!
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