Tem um ditado que diz: – A única certeza da vida é a morte. - Penso: - Se morrer é tão certo como estarmos vivos, porque será que é tão difícil aceitar a morte?
A resposta pode estar no medo do desconhecido, quando pensamos na nossa própria morte. Mas, e quando não nos conformamos, por exemplo, com a morte de alguém que já ultrapassou um século de vida e esse fato torna-se, evidentemente, mais esperado? Pode ser a dor antecipada da saudade, talvez. Ou, simplesmente o fato de que não aceitamos de forma alguma a condição de morrer um dia.
Na verdade, muita gente vive como se isso nunca fosse acontecer. Sabemos as consequências disso.
Dizem que quando o homem foi criado, antes do pecado original, era um projeto para ser eterno e perfeito. Daí o motivo para a não aceitação da morte e a resposta para a capacidade de estar sempre em evolução.
Já reparou que gente nunca está totalmente satisfeito com as coisas ou com as pessoas? Talvez a tal essência humana de eterno e perfeito, provoque esse sentimento de inconformismo.
A casa nunca está totalmente limpa ou arrumada; o nosso corpo, cabelo nunca é do jeito que desejamos; o que se escreve, o que se faz, o que se fala, nunca está bom o suficiente; o marido, o emprego... é tudo tão cheio de defeitos.
Por um lado, é bom sentirmos assim, serve-nos de propulsor para o nosso crescimento. Para o que fazemos, buscamos sempre o aperfeiçoamento e com relação ao outro, procuramos sempre melhores companhias, pessoas que colaborem com a nossa evolução.
Não está conformado, por outro lado, pode se tornar negativo ao associar-se a um sentimento de desvalorização das nossas conquistas e condições.
Já observou que muitas vezes precisamos conhecer outras pessoas menos favorecidas para compreender o valor do que temos? Quando encontramos, por exemplo, uma pessoa cega, descobrimos o quanto somos privilegiados por enxergar. Alguém que não tem onde morar faz-nos compreender a sorte que temos em possuir um teto para nos abrigar, e coisas assim.
Esse é um mais um estágio que devemos empenhar as nossas forças para superar. Podemos ser gratos pelo que temos apenas olhando para as nossas dádivas. A dor e a carência alheia deve ser referência apenas para o empenho em contribuir em ajudar.
O nosso inconformismo deve se manifestar, essencialmente, se por acaso tivermos de sobra coisas que faltam a alguém. Aí, sim! E só valerá a pena se o sentimento for transformado em ação.
5 comentários:
Pois é, algumas pessoas têm medo da morte, talves por não saber para onde vai, pois existe mesmo um caminho, ou vc escolhe ir para um lado ou para o outro.Assim como nas eleições, precisamos votar para escolher nossos governante,se bem que eleição tem algumas, mas essa escolha é pra vida eterna, pense bem qual vai ser sua escolha.Eu já fiz a minha JESUS!
E caminhando com Ele fica mais forte o desejo de ajudar o próximo, pois Ele se doou primeiro!
Xero Vaninha.
OI Ivana!
Este é um assunto em que sempre penso. Acho que este medo da morte está mais associado a uma visão materialista, é o medo de deixar o que se conseguiu, o que se tem. O inconformismo também passa por aí, o desejo constante de busca da felicidade, de satisfação no ter. As pessoas estão muito distantes, afastadas do seu eu, da sua alma, de si mesmo. Daí querer sempre algo fora dele para se completar, não buscam dentro deles mesmos, não avaliam o que é mesmo essencial na vida.
Estou sempre buscando isso, me encontrar e ver o que é essencial para mim.
Beijo e uma excelente semana!
Ivana
Ivana gostei muito da sua postagem. Realmente é um assunto muito dificil de se aceitar embora seja a unica serteza que nós temos.
MAS quem confia no Senhor que depois da morte se tem um lugar muito melhor onde não há dor nem sofrimento, não tem medo de morrer.
Eu mesma não sei se é , porque ainda não chegou a minha hora
não tenho medo, principalmente por achar que já cumprí minha missão aqui na terra. Confio na misericordia do Senhor que irei gozar das promessas deixadas por ELE. Que Deus te abençoi muitissimo
Olá Amiga! seu texto é muito bom e não sei quanto as outras pessoas ,mas me fez lembrar do quanto muitas vezes somos até egoístas em nossa vida.Você já percebeu que muitas vezes quando encontramos alguém e ao cumprimentá-lá dizemos mais ou menos assim:Oi, que bom te ver tão bem assim! vc está bem! tá ótima, sua família tá toda bem, né? Ah! queria conversar mais com vc mas estou super atrasada (o)... e por aí vai. Sabe por que? qdo vc afirma que o outro està bem não dá margem a ele de falar mais nada e aí sai com a desculpa da falta de tempo pra uma conversa...e é assim em relação a muitos fatos da vida. Nosso egoísmo; egocentrismo, medos, omissões... Hiii!! a lista é grande mas é claro que ainda há quem pense e faça diferente.O assunto morte então,pra mim ,não aceitar tem haver com medo, apego e até egoísmo mesmo... UM grande bj.Ps; desculpa linda, falo muiiiitooooo, vixe fiquei chata...rsrsrsr
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