Hoje, o dia chuvoso fez-me recordar a minha infância lá no sítio dos meus avós. Dias assim sempre fazem isso. Os outros dias também (risos).
(Imagem do terreno que fica em frente a minha casa - Ele tem sido um bom auxílo para as minha recordações - Sorte a minha o tê-lo, numa cidade onde quase tudo já é de concreto.)
Lá, a chuva caía forte sobre as árvores que cercavam a casa. Coqueiros, mangueiras, jaqueiras, laranjeiras, goiabeiras..., ficavam todas com um verde lustrado pelas águas das chuvas.
A mim e a minha irmã restava apenas assistir a este espetáculo já que não podíamos estar correndo e brincando pelo sítio a fora como fazíamos sempre.
Mas, outro espetáculo nos aguardava. Quando a chuva diminuía um pouco a gente descia do alpendre da casa em direção aos coqueiros que formavam uma fila, seguindo uma ladeira. A gente levava barquinhos de papel e alguns bonequinhos minúsculos de plásticos, chamávamos esses bonequinhos de “cuzinho pra trás”, devido a sua posição rígida, sentada. (risos).
A brincadeira consistia em colocar os tais bonequinhos, “cuzinho pra trás”, dentro dos barquinhos e soltá-los correnteza abaixo, a partir do primeiro coqueiro, no topo da ladeira. Dependendo da força que a água ainda tinha, era preciso correr para acompanha-los, rodopiando ao redor dos coqueiros e descendo ladeira abaixo.
Aquele espetáculo dos pequenos redemoinhos, cachoeiras e correntezas, pareciam enormes na nossa imaginação e desafiadores para os barquinhos.
Certamente, a minha irmã ao ler isso aqui será também transportada no tempo (risos). A gente sempre conversa sobre essas coisas.
Dizem que depois de uma certa idade, vivemos de recordação. Se assim o for, temos combustível bastante para muitos anos de vida.
Porém, hoje eu digo que não acredito muito nessa premissa mais não. Percebo que agora os idosos vivem de boas recordações sim, os afortunados que as tem, mas também vivem, felizmente, do presente, de experiências novas que são aprendidas a cada dia.
Não poderia deixar aqui, de lembrar o exemplo glorioso da minha querida amiga, pessoal e de Blog, D. Águida, http://vovocibernetica.blogspot.com/, que depois dos oitenta e três anos de idade descobriu a internet como possibilidade de sair de casa, de visitar os amigos e conhecer o resto do mundo.
Todavia, reafirmo o prazer de recordar, sempre, não importa a idade.
Precisamos ter experiências gostosas, prazerosas para alimentar as nossas lembranças e confirmar que viver sempre valeu e vale a pena.
Vamos recordar os dias de chuvas? ...E os de sol? ...E os nublados? (risos).
15 comentários:
Vaninha...
Recordar é viver.
Tempos de inocência que não voltam mais.
Parabéns. Seu blog está ótimo.
Beijão.
Ah, Gilson, tem razão sim, mas esses tempos sempre voltam quando recordamos e quando nos alimentamos deles para sermos menos prepotentes como adultos, concorda? Fiquei tão feliz em reencontrá-lo aqui. Saudades. bjs.
É isso mesmo Ivana. Os tempos voltam quando os recordamos. E você fez-me recordar os meus... Que bom. Seu blog está ótimo, ou melhor, seus blogs estão ótimos! Gostei muito deste mas, o do centro educacional não fica atrás. Parabéns!
Alberto, fico muito feliz pela sua visita e por ter conseguido fazê-lo recordar os seus bons tempos passados. Os presentes eu sei que também os são. Obrigada pelos elogios em referência aos outros blogs. Te encontrei lá, também. Um abraço.
OI, amiga,que saudades! Adorei esse seu blog. Recordar é sempre muito bom, principalmente quando nos faz relembrar de fatos importantes que marcaram nossas vidas. Saudades, muitas saudades. Te adoro. Beijos no coração.
Feliz Páscoa. Qua Deus te ilumine sempre.
Ivana, que bom que você fez meu blog ficar um pouquinho mais famoso. Agora tenho cinco seguidores. (Risos...)
Mas voltei pra lhe dizer que consegui colocar um link na minha postagem para trazer os outros meus quatro leitores também para o seu blog.
Abraços.
Ivana... Que maravilha podermos recordar momentos preciosos da infância.A minha também foi fantástica... No interior e com o "mimo" de meus avós.
Nos resta agradecer a DEUS pelo privilégio do re...viver...do re...lembrar e tantos outros que ELE ainda nos concederá.
Parabéns pelos escritos e desejo uma Páscoa na Paz de Cristo!
Abraços...
Angélica Dantas
achei muito interessante a história de vcs duas ,irmãs unidas é assim gosto muito de vcs duas ,lindas .bjos
Querida Ivana,seu Blog é maravilhoso,esta postagem então me fez lembrar tantas coisas boas de minha infancia que vc nem imagina.Relmente recordar coisas boas nos faz reviver,é bom ter o que recordar.ti adoro,bj Ivana
Amiga Querida, já escrevi uma vez dizendo-lhe que felizmente temos coisas em comum e olha,aí está uma delas.Minha infância foi toda assim; (no Retiro, sítio de meus avós, lá no Piauí )foi a melhor época de minha vida.Eu costumava esperar uma chuva forte pra encher o rio e ter uma correnteza só pra que eu, sem saber nadar, descer arrastada por ela segurando-me em um pedaço de pé de burití...Nossa tenho tantas experiências pra contar que dariam um livro...rsrsrsr valeu por me lembrar. Um bj grande.
Fico realmente satisfeita ao perceber que consegui despertar em meus amigos boas recordações.
Remédios, é exatamente assim que acontece, a gente se apaixona por ler e depois dá uma vontade danada de escrever também. Mas, como eu coloquei no post OS DESAFIOS DA ARTE E DE ESCREVER, precisamos ler muito e sempre iremos desenvolvendo melhor a habilidade.
beijos a todos e obrigada por prestigiarem o meu trabalho.
São amigos muito queridos que consquistei.
Ahhh que bom relembrar uma infância, na verdade quem não tomou banho de chuva em um bom sítio não viveu essa infância, muito bonito seu blog.
Suely de Farias
Ah que tempo bom, e agente se queixava, mas é assim mesmo depois que se torna saudade é que muitas vezes valorizamos, não é? Mas o bom de chegar a maturidade é valorizar as coisas, grandes e pequenas tb. Aprendemos ou melhor deixamos de ser criticas e passamos a observar com um olhor melhor as coisas ao nosso redor.
Não é só os dias de chuva que nos fazem lembrar daqueles dias na casa do vovô Joca e da vovó Adília, a safra das mangas, quando sinto o cheiro de jaca, de cajú, até mesmo de estrume de vacas, tudo me faz voltar no tempo, como eramos amadas por eles... que saudade!!! Ai vou parar, vc imagina o por que né?!
Xero minha irmã querida!
Oi Ivana!
Que bom recordar a infância! Passei bom tempo dela morando em um sítio, na cidade mesmo, mas Morro Branco há mais de 40 anos era interior, rsrs. Boas lembranças de dias de chuva, de dias de sol...Ah! Subir em árvores, brincar de balanço de escorregar... Que saudade boa! Beijão
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