É muito difícil compreender verdadeiramente a dor alheia.
É possível sentir dó, compaixão, lamentarmos, comentarmos com os outros...
Mas tudo não passará de um desconforto nosso até que se torne uma atitude.
Podemos fingir que não vemos os meninos nas ruas, nos sinais, dormindo nas calçadas... mas, nas noites de chuvas, quando o nosso telhado e cobertor nos amparam e nos confortam, eles ainda estão lá, sobre os papelões, encostados nas paredes dos imóveis fechados, entregues a própria sorte ou azar.
Podemos fingir que não vemos as cadeias superlotadas de seres que, na maioria, muito já perderam da condição de humanos e nelas tornam-se animais piores, mas, vivemos constantemente reféns do medo de encontrá-los na nossa frente, caso consigam sair vivos desses lugares.
Podemos não refletir sobre os abrigos para idosos que, em grande parte, refletem a solidão e o abandono, mas, torcemos que quando chegar a nossa vez alguém nos livre de lá.
Podemos não pensar nos orfanatos, nos hospitais, nas favelas, sem comida, sem educação, sem dignidade, mas, não podemos evitar que isto esteja acontecendo enquanto lamentamos não poder comprar uma roupa nova, um celular mais moderno, um note book ou ir para aquela viajem de férias.
É bem possível que consigamos passar toda a nossa vida alheios a tudo isso, preocupados apenas com a nossa família, com a gente mesmo, com a nossa formação profissional, a nossa ascensão social e financeira. Não faria nenhuma diferença para nós.
Mas certamente faz diferença para essas pessoas quando alguém se mobiliza para ajudá-las, quando lutam pelos seus direitos, quando dividem com elas o seu pão, quando buscam aliviar as suas dores, quando as socorrem, quando se dedicam a auxiliarem a conquistar a dignidade de uma moradia, de um emprego, quando oferecem-lhes um pouco do seu tempo para ouvir as suas lamentações, os seus sonhos, para mostrar-lhes uma luz, uma saída, quando lhes dão as instruções para tornarem-se seres humanos mais evoluídos e mais conscientes.
Nós precisamos pensar:
O que podemos fazer hoje?
Como podemos incluir ajudar aos outros no nosso projeto de vida?
Só depois disso devemos pensar em UM FELIZ NATAL e UM PRÓSPERO ANO NOVO.
9 comentários:
Nossa, quase chorei aqui, muito lindo, cada dia melhorando mais e mais... Sou sua fã mãe, muito lindo, é pois é, temos que fazer nossa parte, estou tentando fazer a minha. Beijos ♥
Poxa... achei que teria um monte de comentários. Mas acho que esse tema não é tão interessante... INFELIZMENTE até em um bloog esse assunto é ignorado.
Vamos fazer a nossa parte, assim como o história do beija-flor, carregando água no biquinho para apagar o incêndio.
Muito bom o texto!
Xero!
Adorei muito esse texto! Ele mostra bem como somos egoístas e mesquinhos, como somos hipócritas quando dizemos que nós preocupamos com os outros e afins. Acredito que a sua resposta é respondida de certa maneira por pessoas que acreditam que podem deixar de se preocuparem somente consigo mesmas e ver o próximo. Um exemplo disso são as pastorais das igrejas, que apesar de existir gente hipócrita que só esta lá para fazer a media na vista dos outros, faz um excelente trabalho distribuindo sopas, roupas, cobertores, etc. Um outro exemplo desse tipo de ajuda são grupos como o que uma amiga minha participa chamado Vagalumes, eles também trabalham fazendo caridade e afins. O mais interessante nesse grupo é que são jovens como eu (tenho meros 21 ^^), que deixam seus sábados, as vezes domingos e sabe-se lá mais dias (não sei ao certo, porque eu não participo) para ajudar a quem precisa.
Esse seu texto tem que ser divulgado para que outras pessoas se conscientizem da realidade, e para de viver nos seus mundinhos, cercados do que é bom, enquanto outros estão na rua sofrendo e passando fome.
Vlw Dona Ivana! Adorei de vero seu texto! ^^ Até o próximo.
Que texto Lindo !! Ivana vc é 10 ! te admiro demais !!!
Ivana, seu texto é a realidade do mundo hoje, ou seja, o egoísmo, globalização, a falta de amor, a ingratidão, a injustiça. Sabe, sempre lutei por dignidade, respeito, solidariedade, mas sem aparecer, não quero ser vitrine para algum próposito em cima de sofrimento. Poxa, como seria bom se todos os seres humanos fossem somente 5% solidário com a dor de pessoas que não conhecemos, o mundo hoje seria outro, no entanto podemos mudar este quadro, começando aqui, com texto, atitude, enfim tudo para alcançarmos a sensibilidade dos que visualizam este tipo de matéria, Parabéns, pelo seu ideal.
E, que possamos ter um Natal e Ano Novo, com a dor amenizada de alguma forma nas pessoas que sofrem e que muitos ignoram por não fazerem partes de suas familias.
Parabens Ivana pela sua iniciativa de divulgar este texto tão real.
Muitas vezes enxergamos só os nossos problemas.
Adorei... (Valentina comentou no Orkut)
Seria bom que todos compartilhassem desse pensamento e fizessem de cada dia Natal,ajudar o próximo,os necessitados.Tem que agir,só sentir "pena" não adianta em nada..sozinhos não podemos mudar o mundo,mas quem está ali, próximo concerteza poderemos.Não vamos pensar no tamanho ou valor da ajuda,apenas ajude..o que vale é sentimento,o desejo de ver o mundo melhor.
E um grande prazer conhece-la,e fico muito lisonjeada pelos elogios aos meus textos,muito obrigada . ^^
bjs
Você mais uma vez foi direta ao abordar esse sentimento diria "hipócrita" reinante nesta época. Como você mesmo frisou "NÓS" numa grande maioria pouco ou nada fazemos pelo próximo durante o ano e ao fim deste tentamos nos fantasiar de "Bons Velhinhos"...
Bjs
Olá Ivana!! Observei seus comentários em meu blog e fiz outros. Gostaria que lesse. Desculpe haver lido atrasado, mas o tempo nos consome muito rápido. Felizmente hj isso foi possível. Favor observar todos os comentários que fizeste, pois respondi todos eles. Um abraço e espero podermos nos comunicar virtualmente sempre que for possível. O blog está à disposição
PS: A partir de hj estou também sendo teu seguidor. Gilmar
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