sábado, 20 de novembro de 2010

FESTIVAL DE CINEMA DE NATAL

Quem sabia que em Natal estava acontecendo o 20º FESTIVAL DE CINEMA?
Quase ninguém.
E não poderiam porque não houve divulgação nas grandes mídias.
O evento encerrou ontem e hoje está tendo a  exibição do filme vencedor do festival  que foi OLHOS AZUIS, em uma das salas de cinema do Praia Shopping, com uma  entrada de apenas R$1,00.
Os Natalenses foram privados de assistir a filmes nacionais de excelente qualidade.
É vergonhoso esclarecer aqui que isso se deve a falta de compromisso político dos nossos governantes com a Cultura e com a divulgação da nossa cidade.
Devo dizer que eu só fiquei sabendo do festival porque a minha filha estava trabalhando nele.
E com muita tristeza também devo dizer que só eu e a minha mãe estávamos hoje na sala do cinema assistindo ao filme na sessão das 14:20 horas.
Fomos privilegiadas, pois considerei que este foi um dos melhores filmes que eu já assisti.
É notório que o Brasil ultimamente  tem feito filmes de excelente qualidade, capaz de concorrer de igual para igual com qualquer país.
O filme que foi vencedor do 20º FESTIVAL DE CINEMA DE NATAL me encantou pelas imagens; pela atuação primorosa dos atores; pela história do filme; pela reflexão que ele permite a respeito da condição humana e às vezes desumana das pessoas.  Mostra a realidade de países, como os EUA e de pessoas que se acham melhores que as outras. O filme me emocionou. Achei-o simplesmente belo.

 OLHOS AZUIS tem a duração 105 minutos; a direção de José Joffily; Produção de  José Joffily e Heloísa Rezende. O Elenco principal é David Rasche , ator americano que interpreta Mashal, o policial chefe do setor de imigração dos EUA; Irandhir Santos, do elenco de Tropa de Elite 2, que neste interpreta o papel de um professor discriminado e assassinado pela equipe de polícia americana e Cristina Lago, uma atriz que dá um banho de interpretação vivendo o papel de uma jovem prostituta brasileira que auxilia o policial na sua última missão de se redimir da culpa de haver destruído a vida de várias pessoas.

Não poderia deixar de registrar aqui as palavras de VALÉRIO ANDRADE, Diretor Geral do FESTNATAL transcritas do Blog  http://cinepotiguar.wordpress.com/category/festival-de-cinema/. Um desabafo retirado de um texto que ele intitulou “ E O VENTO NÃO LEVOU “.
“... O que é totalmente injustificável,  perante a classe artística nacional, é que após 23 de existência, e de ser o mais antigo do Nordeste e o quarto (em continuidade o) mais antigo do Brasil, o FestNatal ainda não tenha merecido o patrocínio permanente do Governo do Estado e da Prefeitura do Natal.
Ao contrário do que ocorreu em outros festivais, e não apenas nos do Rio de Janeiro e de Gramado, a participação local sempre ficou a mercê da boa ou da má vontade dos governantes.  A trajetória do FestNatal no Governo do Estado foi idêntica a da Prefeitura de Natal. Com Wilma prefeita, quando houve, o apoio foi simbólico. Com Carlos Eduardo, a participação seria efetiva. Na administração de Micarla, a esperança nascida em 2009 transformou-se em desesperança em 2010.
 Garibaldi Filho, como de hábito, foi o único político do Rio Grande do Norte que defendeu o FestNatal na corte de Brasília.”

 Quem tiver interesse em saber mais sobre o filme e sobre o festival, felizmente há vários Blogs que divulgaram a respeito. Aqui tem a lista de alguns.
www.bobflash.com.br/natal/.../FESTIVAL-DE-CINEMA-DE-NATAL-20º-FESTNATAL--1º-DIA.html

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

UM GATINHO ABANDONADO

Estava no carro, vindo do trabalho quando a minha filha liga comunicando que encontrou um gatinho cego, abandonado. Perguntou o que deveria fazer. A única coisa que eu tinha certeza era de que não poderíamos devolvê-lo para o abandono.

Não sei o que fazer com ele. A minha casa é pequena, quase um apartamento, sem quintal e sem jardim. 

Neste momento temos duas gatas (a Nega e a Branca) que também seriam abandonadas se não as tivéssemos acolhido. Tem, ainda, a Gigele com seus quatro cachorrinhos. É bicho demais para pouco espaço e para uma casa onde todo mundo passa o dia inteiro fora.

O meu desejo era que aparecesse alguém que quisesse cuidar dele e cria-lo. Sei que isso é muito difícil, é preciso ser uma pessoa muito sensível para se propor a isso.

Hoje as meninas levaram-no em um Pet shop e mostram-no para o veterinário que estava lá, ele informou que o gatinho não é cego, mas que está com uma infecção forte, que precisa ser tratada. Prescreveu uns remédios.

Tenho receio que possa pegar nos filhotinhos de Gigele. Ele garantiu que não passa para cachorros nem para gente. Mas tem as gatas, também.

Tentamos pedir ajuda ao Zoonozes e a informação que recebemos foi de que se levarmos ele para lá será para o sacrifício. Lá não trata, apenas mata.

O que eu faço?

O meu prazer era vê-lo lindo, tratado, bem cuidado e feliz.

                                                     (foto retirada do site  Free2use-it.com)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

HOJE PLANTEI UMA ÁRVORE

Eu já ouvi falar muito sobre o simbolismo desse gesto, plantar uma árvore, mas não havia me dado conta ainda da sensação de fazê-lo.
Penso que empenhar-se em plantar uma árvore e, principalmente, compreender o significado dessa atitude está inteiramente ligado a condição de amadurecer.
Sempre adorei árvores. Criei-me sob mangueiras e tantas outras frutíferas do sítio do meu avô. Quando criança, pareciam-me que elas já haviam nascido assim, grandes e dando frutos. Não refletia sobre o trabalho que meu avô havia dispensado para alcançar aquela paisagem.
Cresci e, quando mais jovem, admirava as casas cheias de plantas, protegidas e embelezadas pelas sombras de árvores. Era meu desejo possuir casas e árvores, assim.
Adulta, compreendi, que casa se conquista á duras penas, ás custas de muito trabalho e perseverança. Aprendi que árvores, carecem também de perseverança, que precisamos enxergar em uma  plantinha que tanta atenção e tanto trabalho requer, um futuro de sombra e frutos.
Confirmei a mim mesma que amadureci. Refleti que neste ano, além de um coqueiro e, hoje, um pé de Pau Brasil,  já plantei  na escola em que trabalho, com ajuda de alguns amigos, outro Pau Brasil; três coqueiros; um pé de pitanga; um pé de acerola; um pé de graviola; um pé de pinha e uma goiabeira.
Sinto-me plenamente realizada em olhar para as árvores que plantei e aguardar pacientemente que cresçam, aproveitando cada estágio dessa evolução como resultado do meu empenho.
Voltando ao simbolismo, já tenho filhas, plantei árvores e escrevi livros. Só me resta publicá-los, esse é um outro estágio de perseverança (e ousadia) que pretendo me empenhar futuramente.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

QUEM NÃO SE APAIXONA POR BEBÊS?


Como qualquer mãe, quando Gigele apareceu grávida fiquei muito preocupada.
Quando ela estava parindo fiquei muito apreensiva e com dó do seu sofrimento.
Como qualquer avó, quando os bebês nasceram fiquei babando.
Quando abriram os olhinhos, quando começaram a ensaiar os passinhos, os gritinhos deles aprendendo a latir e  cada novidade  que aparece é uma curtição aqui em casa.
Só fico pensando quando chegar o dia em que vamos ter que doá-los.
Estamos tentando escolher pessoas que amem animais e sejam muito cuidadosas.
Quero acompanhar de longe o crescimento e o futuro dos meus netinhos.
Eles são as coisas mais fofinhas desse mundo. Vejam:

sábado, 6 de novembro de 2010

UMA VISITA DESESPERADA CHAMADA SAMUEL

             Esta é a segunda vez que ele vem passar o final de semana na minha casa. Quando o trouxe pela primeira vez a minha preocupação era de que chorasse sentindo a falta da mãe. Logo descobri que o problema seria o de conseguir convencê-lo a voltar para a sua casa.
            Samuel é filho de uma amiga de trabalho, tem cinco anos, é uma gracinha, de cor morena, cabelinho bem curtinho e no sorriso, um dentinho quebrado.
            Mesmo antes de vir para cá, todo mundo já o conhecia através das histórias que eu contava dele.
            Enquanto a sua mãe trabalha fazendo a limpeza na escola, Samuel é visita frequente na direção. Algumas vezes me atrapalha, mas na maioria é uma alegria. Apaixonado por livros, sempre chega de mansinho com aquela pergunta: - Tu sabe ler? – E lá vou eu ler alguma coisa para ele. Quando estou muito ocupada tiro um livro da estante e o entrego para que “leia” sozinho. O problema é que essa “pseudo-leitura” é muito rápida e logo está de volta pedindo outro livro.
            Numa dessas dinâmicas de leitura, já depois do terceiro ou quarto livro lido em menos de cinco minutos, eu fui firme com ele: - Você agora vai levar esse livro que se chama Bíblia Infantil. É um livro grosso e tem muita coisa para ler, terá que demorar bastante tempo.
            Não deu dois minutos, lá estava Samuel de volta com o livro, pedindo para trocá-lo, pois, segundo ele, já o havia lido “todinho”.
            Resolvida a desmascará-lo, interroguei: - Se é verdade que leu mesmo toda a Bíblia, então me diga o que aconteceu com São João? – De imediato ele me deu uma resposta precisa: - Ah, com São João, a coisa toda pegou fogo!
           Assim é o Samuel que hoje voltou pra sua casa, mais uma vez, dando um escândalo. Estou aqui morrendo de pena e de saudades. 
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