

Já escrevi aqui, em novembro de 2009, um texto sobre os EMOS.
De lá pra cá, acreditei que pouco a pouco esse estilo já havia se modificado, que vinha se acabando como uma moda qualquer.
Triste engano. Esta semana, duas situações me acordaram novamente para este problema. A primeira, assisti na TV, no depoimento de uma mãe, cujo filho de quatorze anos, supostamente EMO, foi brutalmente assassinado por três jovens que se intitulam SKINHEADS . A mãe dizia, desesperada: - Não importa se meu filho era homossexual ou não, ele era ainda muito jovem para entender isso.
A outra situação assisti pessoalmente quando fui a um evento, um show de bandas nesse estilo de rock moderno com letras românticas. Pelo visual do público compreendi de imediato que se tratava de uma festa EMO. O que me chamou atenção foi o comportamento da maioria dos jovens. Meninas se beijando na boca, meninos de mãos dadas, trocando carinhos e sentados nos colos uns dos outros.
Não se trata de um julgamento puritano, mas de uma preocupação. Como mãe, não consigo impedir de me colocar no lugar dos pais daqueles garotos e garotas. Questiono-me: - Será que esses pais sabem o que seus fihos andam fazendo? Será que buscam compreeder o que está acontecendo?
A minha intuição responde firmemente que – NÃO! Penso que de alguma forma, todos esses pais são omissos ou mal informados. Os jovens são “expert” em argumentos para nos convencer da “normalidade” das coisas que não fazem parte da nossa “época”.
É preciso que se compreenda que ser EMO não é simplesmente um estilo musical ou de se vestir. Trata-se, antes de tudo, de um modo como os jovens buscam, entre si, resolver seus conflitos emocionais.
Para ilustrar tal situação, imaginemos duas pessoas que nunca receberam nenhum tipo de orientação para fazer um bolo e se juntam agora para fazê-lo.
Semelhante é a união desses jovens que buscam se ajudar mutuamente com relação aos seus sentimentos. Falta a eles a orientação de alguém experiente que os ouçam, os aconselhem e, acima de tudo, os façam sentirem-se amados, importantes. É preciso apresentar-lhes os ingredientes e algumas receitas de vida para que les façam as suas escolhas ou criem novas receitas baseando-se numa aula constante de amor sólido e edificante.